6 sugestões de liderança para o trabalho híbrido

O modelo que faz a junção do teletrabalho com o trabalho presencial ficou conhecido como trabalho híbrido.

Algumas empresas e profissionais adaptaram-se muito bem com este modelo e não querem abrir mão; já outros ainda estão a procurar os melhores ajustes para o trabalho dos seus colaboradores.

No meio desta situação estão os líderes, que ora precisam de motivar a sua equipa, ora precisam de atender a prazos e alcançar resultados.

 

As surpresas do home office

Os três primeiros meses da pandemia foram mais traumáticos para a sociedade. Foi um período que exigiu rápidas e drásticas mudanças de comportamento das pessoas e das empresas, o que incluiu o trabalho em casa (home office ou teletrabalho), reuniões virtuais, entre outros.

Inicialmente, esta mudança brusca trouxe bastantes incertezas a empresas e a colaboradores: como ficará a produtividade? Como avaliar a produtividade em teletrabalho? Do que é que a equipa vai precisar para levar a cabo o seu trabalho à distância?

Passadas as primeiras adaptações e com o alongamento do isolamento social, as rotinas foram sendo criadas e, os resultados começaram a surpreender gestores e líderes, uma vez que, de maneira geral, a produtividade estava a crescer e os prazos estavam a ser atendidos plenamente.

 

Os receios do trabalho híbrido

Agora, passados todos estes meses, muitas empresas estão a voltar ao modelo presencial, outras estão a optar pelo trabalho híbrido.

Um estudo global da Accenture, empresa multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, com 6 mil entrevistados, apontou que o trabalho híbrido é desejado por uma boa parcela dos trabalhadores. No entanto, uma parte ainda não se convenceu dos efeitos que isso acarretará na experiência geral do trabalho.

Entre os principais temores está a possibilidade da empresa oferecer tratamento especial para os colaboradores que forem com mais frequência à sede ou escritório; outros estão preocupados com o desenvolvimento das suas carreiras, que estas possam sofrer impactos negativos com o trabalho em casa; outros temem escolher ficar mais em casa e acabar “esquecido” pelos líderes e gestores, ficarem distantes de uma promoção de carreira.

 

6 sugestões de liderança para o futuro

Diante destas incertezas, listei 6 sugestões de liderança para o trabalho híbrido, que certamente auxiliarão gestores, líderes e profissionais neste momento de incerteza quanto ao modelo e necessidade imediata da retoma da vida profissional.

1 – Comunicação constante e transparente – Como sempre alerto para os clientes dos programas de coaching, um ambiente leve é onde as pessoas se podem expressar abertamente. Equipas competentes não escondem problemas ou contratempos, ao contrário, com a orientação do líder, apresenta-os sem medo de represálias. Num ambiente de trabalho onde nem todos estão presentes, cabe ao líder tornar a comunicação uma ferramenta bem utilizada.

2 - Liderança responsável é baseada em exemplos – As suas atitudes serão lembradas e seguidas mais do que as suas palavras. Por isso, fique atento aos cinco elementos de uma empresa humanizada:
   - inclusão das partes interessadas,
   - emoção e intuição,
   - missão e propósito,
   - tecnologia e inovação,
   - intelecto e insight.

3 – Trabalho à distância não significa ausência – O teletrabalho e as conversas cada vez mais virtuais tornam os contactos individuais cada vez mais necessários. O líder deve estar em sintonia permanente com a sua equipa para perceber problemas ou ruídos de comunicação e trabalho.

4 – Delegue responsabilidades e procure resoluções conjuntas – Quando os colegas de uma equipa percebem que as suas sugestões e comentários são ouvidos e apreciados, a tendência é que ocorra maior envolvimento de todos. Os líderes devem oferecer continuamente o feedback, para que a
equipa possa atuar em sinergia e encontrar soluções e alternativas para as diferentes ocorrências.

5 – Descentralizar a hierarquia – Com parte da equipa a trabalhar de forma remota, o líder deve dar mais autonomia para os colaboradores executarem os seus trabalhos e, sempre que possível, poder tomar decisões, dentro daquilo que faz parte das competências de cada colaborador. A horizontalização da hierarquia é uma atitude que desenvolve a cultura colaborativa, aumento de autoestima e o sentimento de pertença dos colaboradores.

6 – Seja um líder – Esta última sugestão provoca risos nas audiências quando estou a apresentar para empresas. Mas é um grande alerta: um líder não é um chefe! A figura daquele chefe que todos se calam quando ele chega e todos reclamam dele quando estão a conversar, não reflete um líder.  O líder para ter autoridade para cobrar prazos e resultados precisa de ser agregador e generoso.
 
“Um líder deve aprender que palavras conquistam coisas que muitas espadas não conseguem”, Game of Thrones.
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