A continuidade da empresa

Criei minha empresa, mas não tenho sucessores
 
Para a história de Portugal, a palavra sucessão remete diretamente a Dom Sebastião, o “Capitão de Deus”, desaparecido aos 24 anos, durante uma batalha, em 1578, sem preparar sucessores.
 
Este fato desorientou tanto a população da época que, parte dela, ficou à espera do regresso do monarca para restabelecer a grandeza do país. Este movimento, conhecido como sebastianismo e, com o passar dos anos, transformou o seu sentido para criticar aqueles que ficam à espera do surgimento de "salvador da pátria".
 
Mas, o que isso tem a ver com as empresas?
 
 

Herdeiros e sucessores
 
Assim como era para os reinos, para as empresas este é um tema bastante caro, onde, muitas vezes, os empreendedores não se preocupam em preparar sucessores e isto é a sentença de morte para o empreendimento.
 
E a confusão entre os conceitos das palavras herdeiro e sucessor também é grande e gera dúvidas em muitos profissionais.
 
De forma direta e objetiva, podemos dizes que herdeiro é familiar que tem direito ou recebe por testamento uma herança, em geral, existe fatores consanguíneos. Já o sucessor é um profissional escolhido para ser o gestor de uma empresa.
 
Mesmo que o sonho de muitos empreendedores seja deixar o seu legado para seus descendentes, é importante destacar que uma empresa não precisa de ser gerida apenas por uma pessoa com laços sanguíneos.
 
O profissionalismo e a continuidade sadia do empreendimento devem estar em primeiro plano na hora da transição.
 
Não há dúvidas de que um herdeiro pode ser o sucessor de um negócio. Porém, para tal ele deverá estar preparado e, obviamente, ter identificação com o mercado ou setor em que a empresa atua.
 
 

Profissionalizando uma empresa familiar
 
Os herdeiros, geralmente,
"crescem com a empresa", o que significa que eles vão amadurecendo e a ver os seus pais a trabalhar no desenvolvimento do negócio e não necessariamente a aprender com o trabalho na empresa.
 
Assim, o herdeiro, quando já adulto, pode ou não interessar-se pelos "negócios da família" e, por ser “o filho do patrão”, gera-se uma sensação de liderança, que pode ser muito falsa quanto menor seja a preparação para tal função.  Deste modo, é preciso profissionalizar a empresa familiar.
 
Para isto, o planeamento estratégico é essencial. Os empreendedores devem pensar estrategicamente a situação da empresa, criar objetivos e determinar as métricas que possibilitam avaliar e medir os resultados obtidos.
 
A gestão financeira e operacional, com definição clara da distribuição de lucros, das funções e salários, também são essenciais para as empresas familiares em fase de profissionalização. 
 
Um programa de
Business Coaching é um poderoso aliado, não apenas para a abertura de novos negócios, mas também, neste momento crucial de transição de comandos.
 
Este programa tem como foco principal dar uma direção para a empresa continuar a desenvolver-se, sempre corrigindo ou propondo desvios da rota, quando necessários. Pode ser um grande auxiliar no desenvolvimento da cultural empresarial, na qualidade de comunicação e dos processos.
 
Como o leitor pode observar, seja na sucessão dos monarcas, como vimos no início do texto,  ou na empresarial, ambas exigem habilidades e pensamento estratégico.
 
E, mais ainda, tanto nos grandes reinos, como nas empresas, não existem "salvadores da pátria", é preciso que os sucessores estejam preparados técnica e pessoalmente para liderar equipas e alcançar os objetivos que proporcionem o crescimento e a continuidade da empresa.
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