A importância do equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho

Um conceito que entrou definitivamente para a lista de empresas e colaboradores é o work-life balance, que nada mais é que o equilíbrio entre a vida pessoal e trabalho.

Após a experiência de vários meses em teletrabalho, muitos profissionais aderiram a esta forma de trabalho, pois perceberam que conseguem administrar o tempo e, com isso, a produtividade aumentou.

No entanto, esta não é a realidade da grande maioria dos profissionais. Muitos sentiram que a carga de atividades aumentou e que estava bastante complicado para conciliar as atividades familiares e pessoais, com o trabalho.



Equilibrando a vida

Muitos profissionais estão a perguntar o real significado de atingir o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Esta questão é bastante simples de resolver, contudo, não é tão simples de vivenciar.

Alcançar este equilíbrio significa que o profissional/pessoa tem tempo e disposição física para atender às demandas profissionais e, simultaneamente, viver e usufruir da sua vida social, do lazer, da família e seguir com os seus projetos pessoais.

Essa harmonia entre os setores da vida pode variar para cada indivíduo, pois a conceção de equilíbrio é pessoal e, está relacionada às experiências e necessidades de cada indivíduo.

Esta procura não pode ser somente do profissional. Às empresas cabe
analisar os seus processos e procedimentos, para oferecer o máximo de satisfação e realização profissional para os seus colaboradores.

 

Olhe para si

Nos meus treinamentos e palestras gosto de enfatizar que o primeiro passo para alcançar o equilíbrio entre vida profissional e o trabalho é olhar para si.

Entender que é um ser dotado de capacidades e habilidades, mas também de limites e necessidades. A dedicação ao trabalho não pode sobrepor-se aos limites da pessoa.

Quando isso ocorre, ambos perdem, o profissional que passa por esgotamento ou por uma Síndrome de Burnout, e a empresa que percebe nitidamente a queda de produtividade e do envolvimento do colaborador.

Um exemplo bastante apropriado para esta situação são os atletas de corridas que, diferentes dos maratonistas que correm 42,195 km, os demais disputam 100 metros, 200 metros etc. O dia a dia das empresas é como essas corridas e a vida é assim também.

Podemos entender que a vida não é uma maratona, mas uma sequência com várias corridas, sendo que uma delas é a corrida profissional. Por isso, temos necessidade de aprender a dosear a energia que estamos a gastar com as situações, pois deve lembrar-se que uma nova corrida virá a seguir.

No Livro “
A Teoria do Envolvimento Total”, dos escritores Tony Schawartz e James Loehr, eles declaram “A gestão da energia, não do tempo, é a chave para o alto desempenho e renovação pessoal”.

Os autores ensinam que para atingir a sonhada alta performance no ambiente de trabalho é preciso sair da zona de conforto e superar as adversidades e limites,  procurando transformar os profissionais em verdadeiros atletas corporativos.

 

À procura do equilíbrio

Nos treinamentos de mindset é ensinado que temos quatro energias – física, espiritual, intelectual e emocional e, quando estas estão em equilíbrio, a capacidade da pessoa é alvo de uma enorme expansão e ela vivencia a prosperidade.

Atualmente, existe uma métrica que compara o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal - é chamada de
Better Life Index e utiliza como variáveis a quantidade de horas trabalhadas, o tempo utilizado em atividades de lazer e higiene, entre outros.

As métricas desse estudo estão divididas por países e, dois dados sobre Portugal despertaram a minha atenção.

O primeiro deles é que em Portugal, os trabalhadores que cumprem um turno  integral dedicam, em média, menos tempo do seu dia aos cuidados pessoais (comer, dormir, etc.) e ao lazer (socializar com amigos e família, passatempos, jogos, utilização do computador e da televisão, etc.) do que a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 15 horas.
O outro diz respeito à satisfação de vida, um índice que mede a forma como as pessoas avaliam a sua vida como um todo e não somente os seus sentimentos atuais. Quando foi pedido aos participantes que classificassem a sua satisfação geral com a vida numa escala de 0 a 10, os portugueses deram-lhe em média uma nota de 5,4, uma das notas mais baixas da OCDE, onde a satisfação média com a vida é de 6,5.

A seguir, vou listar algumas atitudes simples que auxiliam na procura desse equilíbrio.

1 – Não descuide da sua saúde – Visite o médico e realize exames regularmente; como citado anteriormente é a gestão de energia que garante bom desempenho. E isso passa pelos cuidados com a alimentação, exercícios e saúde em geral.
 
2 – Mantenha-se distante de pessoas negativas – Problemas emocionais e físicos são potencializados quando ocorre desequilíbrio. Procure uma forma positiva de ver a vida, lembre-se sempre que não existe derrota, tudo é aprendizado!
 
3 – Conheça-se a si mesmo – O autoconhecimento proporciona crescimento que, por sua vez, ativa o autoamor e amplia a autoestima. Tudo isso está diretamente ligado à qualidade da sua saúde mental e, por consequência, do desempenho nas demais atividades.
 
4 - Aprenda sempre – Esta atitude tem relação com a anterior, com o autodesenvolvimento. Dedique uma parte do tempo para aprender novas atividades ou habilidades que sejam prazerosas e estimulantes. Como diziam os mais idosos: tudo o que se aprende, um dia terá utilidade!
 
5 – Diversão é tudo – Não importa se está a trabalhar ou a viajar em férias, o importante é divertir-se. Lembre-se que quando a satisfação pelo trabalho começa a cair, é porque algo não vai bem. O bem-estar pede alegria e ambos garantem a saúde e equilíbrio.
 
Cultivar estados mentais positivos, como a generosidade e a compaixão, decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade - Dalai Lama.
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