A sua empresa é eficaz ou eficiente?

Para introduzir o tema deste texto vou-lhe contar uma situação que presenciei há tempos, e que penso ser uma boa reflexão sobre o conceito de desempenho e, em particular, sobre o que distingue a eficácia e a eficiência.

Nessa altura estava a passar uma tarde na casa de um casal amigo, e na casa ao lado, o vizinho dedicava-se a cortar a relva. Na execução da tarefa reparei que apesar da relva ficar bem cortada, o “percurso” que o senhor fazia com a máquina de cortar relva não era o que lhe permitia uma gestão de tempo mais eficaz.

Ou seja, era possível atingir o objetivo de cortar a relva sem desperdício de tempo e energia.

Quando o senhor acabou de cortar a relva, posso-lhe dizer que aquilo estava um “brinco”, mas ainda assim poderia exclamar “isto é que é eficiência”, ou “grande eficácia”?


A verdade é que a tarefa havia sido executada com grande eficácia, mas com menos eficiência, pois apesar de ter atingido o objetivo (cortar a relva), alguns recursos (tempo e energia) haviam sido desperdiçados.

É importante pois perceber estes conceitos na liderança para distinguir a eficiência e eficácia da sua equipa.

Segundo a definição, a eficiência é uma métrica da utilização dos recursos (tempo, matéria prima, dinheiro) para converter em objetivos da forma mais económica possível. Tem a ver com fazer as coisas bem e da forma correta. Quando a eficiência é forte, os recursos disponíveis são bem utilizados.

A eficácia por outro lado tem a ver com o atingir dos resultados, se os objetivos foram alcançados. Ou seja, é uma medida que permite perceber se foi feito o que era necessário para atingir um determinado fim.


Na liderança e na gestão é importante perceber bem estes conceitos e avaliar o “peso” de cada um na situação atual.

Uma empresa pode ser muito eficiente em termos produtivos, constituída por profissionais de grande skill e que desempenham as tarefas com toda a maestria, mas se, por exemplo, não for estabelecida uma estratégia de vendas adequada, pode acontecer que fiquem objetivos por alcançar. Normalmente uma empresa constituída por equipas altamente eficientes tem tendência a ser eficaz (atingir resultados), e quando isso não acontece pode ser necessário otimizar procedimentos ao nível da gestão (definição de estratégia, objetivos, estabelecer prioridades, etc.)

Por outro lado uma empresa pode ser altamente eficaz, atingir diariamente os seus objetivos de produção e venda mas, ao mesmo tempo, estar a ocorrer um desperdício de recursos que afeta a competitividade da organização. Ou seja, seria possível otimizar a eficiência, atingindo os mesmos resultados com menos recursos.

Pode ver isto por outro prisma, por exemplo, se na equipa existem situações de conflito, ou não cumprimento de regras, a equipa pode até ser eficaz mas no longo prazo haver desgaste, situações de rotura e, lá está, desperdício que seria evitável.
 

>> Qual considera ser mais importante, a eficácia ou a eficiência?

A resposta mais natural é que a excelência na gestão, que resulta em alta produtividade e elevado desempenho, assenta sobre estes dois pilares que devem coexistir em simultâneo.

A pressão dos resultados e a necessidade de faturação pode “dar” algum ascendente à eficácia numa fase inicial, ou seja o que se quer é atingir os objetivos (vendas, produção) pois é deles que vive uma empresa. Pouco adianta ser-se muito eficiente se não se atingem objetivos.

Por outro lado quando se coloca o foco só no resultado final isso pode acabar por afetar a competitividade e, na minha perspetiva, a própria imagem de uma empresa. Considere como se sentiria se entrasse num restaurante e lhe servissem o prato sem ter em atenção aspetos como o asseio, o atendimento, a
atitude, entre outras. O objetivo seria atingido (afinal de contas venderam-lhe um serviço), mas será que voltaria a esse restaurante?

Estou a utilizar o exemplo do restaurante como poderia utilizar outro, a ideia é que obter o resultado é ótimo mas na gestão devem ser considerados também outros fatores.

O meu desafio é que agora faça uma análise ao nível da gestão da sua empresa, e procure perceber o que pode otimizar ao nível da eficácia e da eficiência, no sentido de atingir a excelência.

Se chegar à conclusão que a sua empresa é eficaz mas precisa melhorar a nível de eficiência, procure perceber em que pontos do processo estão a ocorrer desperdícios de recursos e implemente medidas corretivas.

Por outro lado se considera que ainda há pontos a melhorar ao nível da eficácia procure perceber o que pode melhorar na definição de objetivos e se há necessidade de dar prioridade ao que acrescenta valor (e resultados) para a sua organização.

Fique bem,

Fátima Sendim


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