Ano Novo

Ano Novo: vamos escrever uma grande história

Estamos a terminar mais uma jornada. Sabemos o quão tortuoso esse trajeto foi para a humanidade. A chegada do Ano Novo alerta-nos que a escuridão desaparece a cada amanhecer e a renovação é inevitável.

Por isso, vamos encarar o novo ano, como um novo ciclo que está a oferecer novas oportunidades de aprendizagem, de conquistas e de evolução como seres humanos.

Algumas pessoas dizem que, perante tudo o que ocorreu, talvez haja pouco a comemorar ou refletir.

Mas, eu peço que não entrem nessa armadilha derrotista. Não estou a negar a importância de tudo que ocorreu. Justamente, pelo profundo respeito por todos e tudo que a humanidade enfrentou, perdeu e precisou de seguir em frente que estou a escrever esta mensagem de otimismo para 2022.



O mar como metáfora

Somos, por essência, um povo marítimo. Paramos numa praia, com os pés na areia e ficamos a admirar a imensidão azul, a imaginar o que está além-mar.

Por isso, vamos tomar o mar como uma metáfora de Ano Novo. 1 de janeiro é o dia em que lançamos o nosso barco nas águas, rumo ao que acreditamos e delimitamos como destino a chegar.

Os primeiros dias são repletos de euforia, expectativas, sonhos, planeamento do que faremos durante o trajeto, até chegarmos ao final.

Conforme as estações do ano vão mudando, o humor do oceano também muda. As nuvens a chegar e transformar o dia em noite, com muita chuva, trovões e raios.

Neste momento, podemos relembrar Bartolomeu Dias a cruzar o sul da África e a dobrar o cabo da Boa Esperança, que antes era chamado de cabo das Tormentas, por causa dos grandes vendavais e tempestades constantes.

Também, há o tempo das ondas altas, desafiadoras, a cobrir o barco e, quando tudo parece naufragar, decidimos mudar o rumo e, pouco tempo depois, o sol volta a brilhar e as águas ficam mais calmas.

Outros dias são de calmaria total, o mar parece ter sido desligado e não existem ondas ou vento a mover o barco. Neste momento, é preciso arranjar forças para colocar o barco no rumo correto e remar, remar e remar.

“Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu”, é o que nos ensina Fernando Pessoa em “Mensagem”.

Desta forma, os dias em alto mar vão passando. Não existe um dia igual a outro. Cada amanhecer deve ser motivo de celebração, pois é único.

A cada dia, renascemos com o sol e este entrega a sua luz e calor tanto para as flores do campo, como para a lama dos pântanos e, sem distinção, segue o seu propósito de ajudar no desenvolvimento de todos os seres do planeta Terra.

E, num momento como este, próximo do Ano Novo, podemos dizer que estamos a chegar ao nosso destino contudo, em breve içaremos novamente a âncora e seguiremos um novo ciclo, nova viagem.

Por isso, ao olhar para trás, para os meses que passaram, orgulhe-se do que realizou. Muitas vezes, pode não ter conseguido tudo que planeou, mas, se fez pelo menos um bem pelo próximo, certamente fez para si também.

Lembre-se sempre que todo o trabalho - produto ou serviço – deve mirar o bem comum, amenizar uma dor ou desejo. Assim também é a nossa vida.

É por isso que lançamo-nos ao mar. Feliz 2022!

"Deus ao Mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu”.
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