As empresas e os seres humanos

Afinal, estamos sempre a falar de pessoas: a comunidade são as pessoas que nela vivem; os consumidores são pessoas que compram os produtos da empresa; e uma empresa são as pessoas que nela trabalham. Se são pessoas, com coração, cabeça e estômago, e se serão sempre pessoas, não podem ser tratadas como máquinas.
É por isso que uma cultura empresarial baseada num olhar mais profundo sobre o ser humano é uma das principais tendências de liderança corporativa, que está a revolucionar a gestão de recursos humanos em todo o mundo, no início deste século XXI. É uma tendência que acompanha os movimentos sociais e o comportamento das novas gerações, assim como as novas tecnologias, que multiplicam as oportunidades de comunicação, pois vivemos numa sociedade ligada em rede, mais informada, mais exigente, e em que todos comunicam com todos.
Ora, as empresas não escapam a esta mudança de paradigma e têm que se adaptar rapidamente a uma nova realidade. Forçadas pela Internet, pelas redes sociais, e pela força da comunicação digital, empresas e marcas já deram esse passo no relacionamento com os consumidores. A mudança chega, agora, ao interior das empresas, abrindo novos caminhos nas relações internas.
Obviamente, um projeto empresarial, para ter sucesso, precisa de cumprir algumas condições básicas: salários convidativos, benefícios sociais e programas de remuneração variável, nomeadamente com participação nos lucros ou, eventualmente, na estrutura societária. Cumpridos estes itens, é chegada a hora de procurar o intangível: o relacionamento, o envolvimento, os sonhos e as emoções. Porque lidar com gente envolve o ser e o ser precisa de outras recompensas, além das recompensas materiais.
As recompensas intangíveis estão diretamente relacionadas com a experiência. Ora, é a experiência diária no trabalho que motiva ou desmotiva um funcionário. E o desafio de uma boa liderança corporativa é construir um excelente ambiente de trabalho. O que se consegue partilhando valores e não impondo regras e diretrizes, como acontecia no passado. É essa estratégia de liderança que, na perspetiva de quem trabalha, faz com que a empresa seja reconhecida como “a melhor” não tanto pelas suas regalias materiais mas pela boa experiência que proporciona aos colaboradores. E quanto melhor for a experiência dos colaboradores maior será a prosperidade da empresa.
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