As empresas são as pessoas

Nos artigos que publicámos semanalmente, deve ter reparado que gosto de colocar o meu foco numa diversidade de temas. Desde a gestão empresarial à liderança, da tomada de decisão ao diagnóstico de perfil comportamental (com a ferramenta DISC), da gestão de equipas à comunicação, o meu foco em cada palavra escrita é: “ De que forma este conteúdo pode ser uma solução e gerar valor para quem lê?”

Fazendo uma autoanálise mais profunda desta multiplicidade de temas, qual é então o objetivo final? A resposta é que o meu foco é o mesmo de sempre. É o foco que tinha quando comecei a trabalhar como Executive Coach. É o foco que tenho quando trabalho com os meus clientes na procura de soluções para a sua gestão empresarial.

O meu foco são as pessoas.

Como assim as pessoas? Não deverá o foco da gestão empresarial ser colocado noutros aspetos como a produtividade, o crescimento, a eficiência, a eficácia ou a qualidade?

A verdade é que todos estes aspetos são essenciais, mas o principal diferencial competitivo das empresas continua a estar na sua capacidade para gerir, manter e utilizar de forma eficiente a inteligência, skills e potencial criativo dos seus recursos humanos – as pessoas!

Uma empresa pode ter uma boa situação financeira, possuir uma carteira de clientes invejável ou executar as melhores práticas ao nível da gestão empresarial, mas se a concorrência tiver as mesmas vantagens o diferencial de competitividade estará nas pessoas e nas equipas. As pessoas são a ponto-chave do sucesso (ou falta de sucesso) de uma organização e o seu motor de crescimento, pois são elas que dão corpo às estratégias da gestão.
 
Mais do que um recurso, as pessoas podem ser verdadeiros parceiros das empresas, onde aplicam todo o seu potencial e contribuem com os seus conhecimentos, habilidades e capacidades próprias.

Esta não é simplesmente uma questão humanista, mas também de rentabilidade. As pessoas não são simplesmente seres passivos, contratadas para executar tarefas e seguir instruções do chefe. Assim como as empresas, as pessoas também têm os seus próprios objetivos e aspirações individuais. Cabe ao líder o papel de alinhar as vontades individuais com os objetivos da organização, gerando a energia, motivação e vontade de progredir.

Para isso, é essencial que se faça a distinção entre estas duas “visões”, onde de um lado temos as pessoas como um recurso produtivo da empresa, e no outro como verdadeiros parceiros.

Na visão pessoas-recursos vs pessoas-parceiras, temos:


>> Empregados isolados nos cargos vs colaboradores agrupados em equipas

>> Preocupação com normas vs preocupação com resultados

>> Regras rígidas vs metas negociadas

>> Subordinação ao chefe vs foco na satisfação do cliente

>> Foco na mão-de-obra vs foco na inteligência, criatividade e talento

>> Alienação em relação à organização vs participação e compromisso

>> Foco nas tarefas vs foco nas pessoas

>> Dependência da chefia vs interdependência entre equipas

>> Trabalho passivo vs trabalho assertivo

Qual destas visões quer implementar na sua empresa?

Considera que neste momento, na sua empresa, está a fazer e a apostar nas pessoas que vão tornar a sua visão realidade?

Concluindo, as pessoas podem ser visualizadas como parceiros das organizações. Nesse contexto, elas são uma fonte valiosa de conhecimentos, habilidades, capacidades e, acima de tudo, inteligência. Desse modo, as pessoas constituem o capital intelectual da organização e contribuem para a sua competitividade. São parceiros de negócio e não simplesmente empregados contratados para cumprir funções.

Concorda com esta visão?

Há uma frase de Walt Disney que diz o seguinte: “ Você pode sonhar, planear e construir o lugar mais bonito do mundo, mas são necessárias pessoas para tornar o sonho realidade.”

Esse é um dos grandes desafios dos líderes dos nossos dias, mas acredito que também um dos mais gratificantes.
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