Comece hoje a trabalhar para os seus objetivos

Ano Novo, Vida Nova

Quando chega o Ano Novo e ouço os fogos-de-artifício, entre os festejos e as rolhas de espumante, as doze passas e a celebração com aqueles que mais amo, existe algo que sempre me fascina e capta a atenção.

É um brilho especial no olhar das pessoas, diferente e que reflete não apenas o brilho dos fogos-de-artifício, mas ainda algo mais, uma luz própria que vive no interior de cada um, renovando a promessa de um novo ano cheio de sonhos, novos objetivos, o ano em que “desta vez vai ser diferente”.

Já alguma vez captou esta “luz” no olhar das pessoas à sua volta? E no seu caso, os olhos também brilham com a expetativa do ano novo que aí vem? Espero sinceramente que sim.  

Esta altura do ano é normalmente aproveitada pelas pessoas para definir novos objetivos para a sua vida, a carreira profissional ou os negócios, de forma a aumentarem a sua produtividade e gerarem resultados positivos:
mais vendas, mais conhecimento, mais saúde, mais relações gratificantes, mais valor pessoal, mais autoestima, mais equilíbrio…

Pode ser que este ano esteja decidido a trabalhar nas suas competências de comunicação, ou gerir o tempo de forma mais eficaz. Talvez seja o ano em que vai arrancar com o projeto que tem vindo a trabalhar nos últimos meses, ou então está com a garra toda para abrir o seu próprio negócio ou fazer uma rotura na sua vida profissional. Ou então pretende encontrar formas para aumentar ainda mais a sua produtividade.

Peço-lhe por isso que reflita durante alguns segundos quais são os seus objetivos para 2019.

Como diz o ditado, “colhe-se o que se semeia”, e acredito que devemos dedicar algum tempo a “plantar as sementes” de forma estruturada e planeada no início do ano, definindo de forma clara os objetivos que pretendemos atingir e estabelecendo um plano de ação para os concretizar. O que acontece porém é que muitas vezes as pessoas definem objetivos, têm uma noção clara do que pretendem concretizar mas entretanto surgem as dificuldades, as barreiras, os imprevistos e os objetivos começam a ser adiados, “para a semana é que é” e acaba-se por entrar num ciclo que resulta em desilusão e frustração, afetando a produtividade.

Poder-se-ia pensar que isto acontece por falta de vontade ou competência mas ao longo da minha atividade já conheci pessoas de elevada excelência profissional, com grande vontade e empenho genuíno, que sabem o que têm de fazer para “colocar em marcha” o seu plano de ação e concretizar os seus objetivos. A dificuldade está em dominar os
sentimentos que impedem de agir, e que levam à procrastinação, como explicarei de seguida.

Não podemos controlar a forma como nos sentimos, mas podemos escolher a forma de agir.

Já alguma vez parou para pensar porque é que as pessoas por vezes têm tanta dificuldade em fazer as coisas que sabem ser importantes para a sua vida e que lhes vão proporcionar resultados positivos? A resposta está nos sentimentos.

Às vezes é difícil de perceber isso mas o nosso desempenho e produtividade são influenciados pela forma como nos sentimos, e nem sempre as decisões são tomadas com a lógica, mas com os sentimentos, que por vezes não estão alinhados com os nossos objetivos.

Como disse anteriormente conheço pessoas de grande excelência profissional, inteligentes e dedicadas, com plena consciência daquilo que têm de fazer. Sabem que está na hora de lançar o projeto, sabem com quem têm de falar para resolver uma determinada situação pendente, sabem que possuem tudo aquilo que é preciso para mudar, sabem que têm capacidade para concretizar todos os seus sonhos….mas entretanto os sentimentos de dúvida instalam-se na mente e o momento acaba por ser adiado.

Quando isto acontece acabam por entrar num ciclo de adiamento permanente, e ficam reféns da procrastinação.

Isto não significa que as pessoas fazem uma escolha deliberada para procrastinar, que “deixam para amanhã” por preguiça ou falta de empenho. O que se verifica é que muitas vezes as pessoas sentem não ter controlo sobre essa situação.

Neste ponto é importante esclarecer que existem dois tipos de procrastinação, uma que é mais produtiva (a procrastinação “boa”) e outra que é mais destrutiva (a “má” procrastinação). A procrastinação produtiva acontece por exemplo em processos criativos, quando adia uma tarefa por alguns dias e nesse espaço de tempo permite a sua mente “amadurecer” a ideia, ou seja é uma espécie de mini-intervalo deliberado em que o adiamento serve o propósito de gerar e fortalecer ideias que vão melhorar a sua execução.

A procrastinação destrutiva é uma coisa completamente diferente. É quando evitamos o trabalho que temos de fazer, sabendo que isso nos vai trazer consequências negativas.

Muitas vezes pensa-se que isto é uma questão de competência e inteligência, mas se neste momento sente que está a procrastinar em tarefas que sabe que precisa de fazer, é importante que se foque no sentimento que leva a essa situação.

A procrastinação é acima de tudo um mecanismo para lidar com o stress, um desejo subconsciente de se sentir bem. Ao deixar para amanhã a tarefa que precisa de fazer hoje, isso gera uma sensação de alívio momentâneo, um mini-intervalo do stress que está a sentir. Com o tempo isso torna-se um hábito, quanto mais procrastinar maior probabilidade tem de repetir o comportamento, pois fica dependente desse alívio momentâneo para diminuir o stress que o incomoda.

Tenha em conta que mesmo que não consiga controlar os seus sentimentos menos bons, ainda assim tem o poder de escolher fazer o que é melhor para si. Aceite os sentimentos, e simplesmente faça, mesmo que não lhe pareça estar a correr bem à primeira!  Quando perceber que os sentimentos de dúvida que se instalam na sua mente são apenas isso, sentimentos, aceite que ainda assim pode sentir dúvidas, medos e receios, mas persistir no seu caminho e nos objetivos que traçou, e com o tempo, à medida que for concretizando as tarefas, esse sentimento de dúvida vai diminuir e vai gerir as suas emoções menos positivas de uma forma mais eficaz.

Se tem dificuldades experimente fazer o seguinte exercício, escrever numa folha de papel as tarefas que tem vindo a procrastinar, e para cada tarefa vai escrever as vantagens de a concluir e as desvantagens se isso não acontecer. É importante que relembre a cada passo o propósito que alimenta as suas ações, renovando a cada dia a motivação necessária para avançar e o seu espírito de missão.


Da minha parte conte com 365 dias de trabalho, dedicação e empenho para ser sua parceira nesse caminho que hoje pode olhar com confiança e vontade, pois já tem tudo aquilo que é preciso para dar o primeiro passo.

Desejo-lhe um bom ano! :) 
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