Como estou a usar as minhas redes sociais?

No distante ano de 1995 nascia uma plataforma na Internet criada com o intuito de conectar pessoas, principalmente os amigos de escolas que se separaram. Sabes de qual rede social estou a falar?

Se escolheste o Facebook (Meta), erraste! A primeira plataforma nos moldes das redes sociais que conhecemos hoje foi a
Classmates.com, que ainda existe, contudo só para alunos dos Estados Unidos.

Desde então, as redes estão a contar com centenas de milhares de seguidores em todo o mundo. Para se ter uma ideia, um estudo da empresa Marktest intitulado “Os Portugueses e as Redes Sociais 2021”, apontam que o Facebook continua a ter mais utilizadores em Portugal, com cerca de 6,8 milhões de utilizadores.

No entanto, está a perder terreno para outras plataformas.
O mesmo estudo aponta o Instagram, Whatsapp e o TikTok como “exemplos de redes em clara ascensão em Portugal”.

 

Aspetos positivos e negativos

Uma boa questão a levantar é de como estas pessoas estão a usar as redes sociais. Será que utilizam para fins profissionais ou passam as horas a deslizar os dedos pelo smartphone na procura de distração sem compromisso?
 
À medida que o interesse dos utilizadores foi crescendo, as redes sociais foram oferecendo novos serviços e soluções e, acompanhando, muitas vezes até ditando, as mudanças sociais e a influenciar diretamente na transformação digital de empresas e pessoas.
 
Entre as mudanças positivas, podemos afirmar que as redes sociais ampliaram a conexão entre as pessoas, reduziram distâncias, aumentaram as possibilidades de oferecer serviços e produtos a um público maior, com e-commerce, programas de afiliados e lojas em aplicações.
 
Mas, também é preciso cuidado. Estabelecer conexão, não significa, necessariamente, aproximar pessoas, ao contrário, em muitas situações, a polarização e as divergências de opiniões são a base para desencadear desentendimentos entre as pessoas, que usam essas redes como palco para os seus discursos.
 
Já os utilizadores compulsivos, começaram a apresentar problemas de relacionamento, de autoestima e de distanciamento social; afetados pelas quantidades de “likes” e “dislikes” nas suas publicações, pelo “glamour” da vida alheia e até ansiedade por receber respostas imediatas.

 

A saúde mental

Os cuidados com a saúde mental ao usar as redes sociais são fundamentais.

Psiquiatras, psicólogos, neurocientistas, entre outros profissionais; alertam para a possibilidade do utilizador acabar viciado no uso das redes sociais. Uma das causas prováveis é a liberação da dopamina ao receber as “recompensas” de redes como Instagram, Facebook e TikTok, por exemplo, onde a publicação (e o seu publicador) recebem corações como forma de apoio e aprovação.
 
A questão aqui também é quando, ao invés de aprovação, a publicação recebe críticas, muitas vezes a ofender o publicador, o seu estilo de vida e escolhas. Lembramos que comentários agressivos e homofóbicos já levaram um adolescente brasileiro a tirar a própria vida, por não ter estrutura emocional e psicológica para tratar com tais situações.
 
Alguns profissionais de Saúde Mental acusam as redes sociais de terem conhecimento da liberação do neurotransmissor dopamina e de continuarem a utilizar recompensas viciantes para manter o utilizador conectado.
 
Aqui, não cabe a mim julgar se as pessoas devem ou não usar as redes sociais. Contudo, acredito que limitar o seu uso e proporcionar momentos de convívio real, afetivo e efetivo são essenciais para equilibrar esta relação entre os meios real e virtual.
 
 

As redes a favor da carreira profissional


É impossível negar que o LinkedIn, Instagram, Facebook, YouTube e até os aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram são importantes ferramentas para empresas e profissionais.
 
No caso das pessoas que procuraram um emprego ou
a reinventar a sua carreira ou empreendimento, encontram nestas redes um terreno fértil para alcançar os seus objetivos.
 
Esta procura nas redes pode ser comparada com o profissional numa praça pública a expor as suas habilidades, as suas qualidades e opiniões.
 
Será oportuno realçar que tudo que está a expor, está a ser observado por muita gente e a todo o momento. Por isso, tudo que publicar numa rede social é de sua inteira responsabilidade.
 
Assim, para tirar o melhor proveito destas redes, o profissional precisa oferecer coerência no discurso, aquilo que fala na vida real tem que estar de acordo com o que publica no mundo digital.
 
A coerência e a racionalidade naquilo que é vai postar também deve ser levado em consideração e, certamente, irão refletir a personalidade de quem a publicou.
 
Da mesma forma que a sociedade repudia a violência contra a mulher, o racismo e a apologia à violência e discriminações. Também nas redes sociais isso será notado e repudiado. Não esquecer que sempre que tudo o que está postado está diretamente ligado à imagem da pessoa.
 
Por isso, se o profissional pensa em usar as redes sociais para conquistar um emprego ou uma nova posição, precisa estabelecer objetivos e estratégias para alcançá-los. Ao contrário, as redes tornar-se-ão uma armadilha para sua carreira.
 
As redes sociais utilizam algoritmos e filtros, com base nas publicações e interações com outros utilizadores, para indicar um perfil, por isso é importante ter muito clara a mensagem que se quer transmitir. Desta forma, as redes sociais “trabalharão” a favor do profissional.
 
Uma última dica importante: não precisa ter presença em todas as redes sociais que existem ou naquelas que “todos estão a falar”.
 
Qualidade não é quantidade, por isso, analise qual faz mais sentido para o que está à procura e como deve usar as redes sociais.
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