Controlo da ansiedade

Controlo da ansiedade: ligar ao momento presente para viver o futuro
 
Muito antes da pandemia, que assustou o mundo, a Organização Mundial de Saúde - OMS, alertou que a ansiedade já alcançava níveis de epidemia e que a população mundial não estava atenta e nem a fazer o correto controlo da mesma.
 
Uma definição popular, que aparece frequentemente na internet é que ansiedade é o excesso de futuro (a depressão é excesso de passado e o stress, de presente) mas não devemos simplificar este sentimento dessa forma.
 
A ansiedade pode ser complexa e, em geral, causa medos e enorme desconforto à pessoa, podendo prejudicar a sua vida em muitos aspetos, pessoal e profissionalmente.



O medo saudável e o prejudicial
 
Líderes e empreendedores, normalmente, vivem com a agenda cheia de compromissos, muitos deles fora do ambiente de trabalho e todos querem que o tempo corra a seu favor para dar conta de tudo.
 
Porém, por detrás da postura de super-herói, de uma pessoa em busca de objetivos, metas, está também aquela que sente medo, tensão e desconforto quando precisa de se confrontar com situações que não pode controlar.
 
Esse medo pode ser saudável, pois leva o profissional a preparar-se melhor, a atacar os seus pontos fracos e a destacar os pontos fortes. Porém, quando este mesmo medo se transforma em preocupação excessiva ou até crónica, desproporcional ao motivo que desencadeia, é o alerta para procurar ajuda profissional.

 

Quando o pisca / alerta é acionado
 
Imagine uma situação como esta: Alice foi escolhida para fazer a apresentação do projeto de marketing digital para os diretores. Foram dias de trabalho com toda a equipa, a elaborar, a procurar orientações de consultores e, agora, a data da apresentação está a chegar.
 
Podemos pensar que, por ter
liderado a equipa, conversado e pesquisado, ela está com todos os argumentos em mente e, só resta mesmo apresentar e esperar os comentários e as aprovações da direção da empresa.
 
Porém, com o aproximar da data da apresentação do projeto, cada vez que Alice pensa nisso, o seu coração dispara com a taquicardia, que é o coração acelerado. Algumas vezes, surgem também tonturas e enjoos.
 
No dia que antecede, além da taquicardia, ela começa a sentir tremores em diversas partes do corpo, nem sempre ao mesmo tempo. E, no dia, associado aos demais sintomas, ela começa a sentir falta de ar. E, para agravar a situação, o desespero toma conta também de toda a equipa.
 
Estes quatro sintomas "T" - taquicardia, tontura, tremores e taquipneia (a falta de ar) - são os alertas para que Alice procure tratamento especializado e aprenda a fazer o controlo da ansiedade.



Controlando as sensações
 
Especialistas de diferentes áreas que cuidam da mente humana, destacam alguns hábitos e comportamentos que podem auxiliar na prevenção ou durante o tratamento do controlo da ansiedade.
 
Assim, devemos tomar cuidado com o excesso de cobranças pessoais, tirar um tempo para relaxar e reduzir o ritmo da mente, evitar o pessimismo e desenvolver o pensamento positivo, praticar exercícios físicos, respirar fundo em vários momentos do dia e um, que muita gente está a esquecer: ter momentos de lazer. 
 
O poeta francês Marcel Proust gostava de viagens - reais ou imaginárias - e costuma repetir que "A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos".
 
E, com os novos olhos, podemos entender a ligação do futuro com o presente, sem o temor do novo (futuro) e, mesmo assim, continuar a caminhar (viver) e a aproveitar e desfrutar da paisagem.
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