Domine a sua linguagem corporal
Já alguma vez viu um filme do Charlot?
Apesar de nem sempre ter tempo para me dedicar ao cinema, os filmes do Charlot sempre me suscitaram interesse, e são um bom exercício para compreender o poder da linguagem corporal e o seu impacto na comunicação.
Como poderá constatar ao ver filmes do Charlot, ou em várias situações da vida real, a comunicação é muito mais do que as palavras. Tenha estes números bem presentes da próxima vez que estiver, por exemplo, numa situação de negociação, a obter feedback da sua equipa, numa reunião de negócios, ou mesmo numa conversa pessoal:
- 20% da comunicação é verbal
- 25% da comunicação tem a ver com a dimensão vocal (qualidade, ritmo, volume e tom de voz)
- 55% da comunicação tem a ver com a linguagem corporal
Mesmo que, literalmente, não abra a boca, a linguagem corporal está a passar uma mensagem sobre si. É como se o seu corpo e as suas palavras fossem duas entidades separadas. E da mesma forma que pode focar-se em desenvolver e treinar aquilo que diz (o seu vocabulário, as palavras que utiliza, etc.) pode da mesma forma colocar o foco na sua linguagem corporal para desenvolver uma comunicação mais assertiva, e por outro lado compreender melhor as pessoas à sua volta.
Compreender a linguagem corporal não tem a ver com “fazer raio-x” às outras pessoas. O foco deve estar sempre na empatia, no autodesenvolvimento, na capacidade de melhorar o seu processo comunicativo para liderar melhor, transmitir informação com eficácia, ser eficaz num processo de negociação, compreender melhor as pessoas à sua volta ou praticar a escuta ativa.
A linguagem corporal inclui diversos aspetos, como por exemplo a roupa que veste, o contacto visual, as expressões faciais, a postura corporal, os gestos, a forma como respira, só para citar alguns exemplos mais evidentes. À medida que desenvolve essa capacidade, é como se um “mundo novo” se abrisse diante dos seus olhos, pois começa a estar atento a outros sinais em que nem sempre está focado, como por exemplo:
- O aperto de mão do seu cliente foi suave e subtil, ou forte e prolongado?
- O que é que o corte de cabelo da pessoa à sua frente lhe pode indicar sobre a sua personalidade?
- Que tipo de cores a pessoa favorece na sua forma de vestir?
- Que tipos de livros lê?
- Tem tiques nervosos?
- É uma pessoa que gosta de toque ou aprecia a distância?
Ter uma linguagem corporal assertiva é uma competência que pode procurar estar atento e desenvolver, para melhorar o seu processo comunicativo. Esses sinais vão-lhe permitir reforçar a mensagem que pretende transmitir, proporcionar maior credibilidade e eficácia na negociação, potenciar um maior entendimento com o seu interlocutor, em suma, torná-lo um comunicador de excelência.
Quer ter uma linguagem corporal assertiva?
A minha sugestão é que leia estas dicas com atenção e comece a incorporar alguns destes aspetos na sua comunicação, a partir de hoje.
1. Vestuário e acessórios
A imagem projetada é reveladora do modo de ser e estar. Apesar do estilo ser algo muito pessoal, uma roupa confortável, adequada à hora, local e circunstância, asseada e bem cuidada podem fazer toda a diferença na hora de convencer um cliente, participar num evento, ganhar pontos numa entrevista de emprego e, porque não, sentir-se bem.
2. Contacto visual
Apesar de haver culturas que desencorajam o olhar direto, olhar a pessoa nos olhos é normalmente uma boa opção. O olhar não deve ser fixo, nem duro pois pode provocar desconforto e intimidação. O contacto visual deve transmitir atenção e interesse genuíno, pois está atento e valoriza o que a outra pessoa está a dizer. Por outro lado, reforça a credibilidade da mensagem que está a transmitir.
Cada caso é um caso, e é preciso sempre analisar o contexto da situação, contudo olhar sucessivamente para o lado ou “vaguear” os olhos pela sala são, normalmente, indicadores de aborrecimento e desinteresse.
3. Gestos
Podem ser expressivos, mas convém não exagerar. Acima de tudo devem demonstrar abertura à comunicação. Por outro lado, quando está a comunicar, pode utilizar os gestos das mãos para reforçar a sua mensagem. Tenha em atenção que existem alguns gestos que pode controlar, pois são sinais “pacificadores” que podem indicar desconforto da sua parte, como p.e. tocar constantemente na cara, mexer frequentemente na roupa ou no cabelo, estar permanente com as mãos fechadas e nos bolsos, cerrar os lábios, entre outros.
4. Espaço social
O uso do espaço pelo ser humano e a sua respetiva perceção influenciam fortemente a comunicação. Por outras palavras, adapte a distância física ao seu interlocutor de acordo com a situação e grau de familiaridade.
Tenha em atenção que, de acordo com o perfil comportamental, há pessoas que gostam de maior proximidade na comunicação, e outras que não se sentem nada confortáveis quando “invade” o seu espaço pessoal e fica muito próximo. Acima de tudo, respeite o espaço da outra pessoa.
5. Tenha em atenção o toque
Apesar do toque físico ser um estímulo normal no ser humano, em contexto profissional nem sempre é muito bem acolhido, principalmente em situações de grande formalidade. Mais uma vez isso também depende da pessoa que está à sua frente, e do grau de confiança que tem com a mesma.
6. Voz
Uma dica importante sobre a voz é saber quando não a deve colocar em prática. Por outras palavras, respeite os silêncios e momentos de pausa na comunicação.
A forma como utilizada a sua voz pode fazer toda a diferença para que seja ouvido, e a sua mensagem compreendida e aceite. A voz envolve diversos aspetos como o volume (não fale nem muito baixo nem muito alto, mas fale com firmeza e fluência), o tom (as inflexões e formas de dizer algo), a velocidade (sem acelerações ou hesitações bruscas) e o ritmo (a combinação de sons, palavras e pausas).
Concluindo, a comunicação é um processo complexo e muito mais do que as palavras, pois uma parte muito significativa da mesma ocorrer a um nível não-verbal. Mesmo que não tenha consciência disso, o vestuário, a forma como utiliza o contacto visual, a voz ou os gestos transmitem uma mensagem sobre si, a sua maneira de ser e estar.
Por isso pode estar atento a estes aspetos e praticar sempre que tiver oportunidade, de forma a exprimir de forma genuína as suas emoções, ser expressivo na sua comunicação, mais eficaz na negociação, em suma um bom comunicador.
Domine a sua linguagem corporal e seja mais assertivo e eficaz na comunicação.
Apesar de nem sempre ter tempo para me dedicar ao cinema, os filmes do Charlot sempre me suscitaram interesse, e são um bom exercício para compreender o poder da linguagem corporal e o seu impacto na comunicação.
Como poderá constatar ao ver filmes do Charlot, ou em várias situações da vida real, a comunicação é muito mais do que as palavras. Tenha estes números bem presentes da próxima vez que estiver, por exemplo, numa situação de negociação, a obter feedback da sua equipa, numa reunião de negócios, ou mesmo numa conversa pessoal:
- 20% da comunicação é verbal
- 25% da comunicação tem a ver com a dimensão vocal (qualidade, ritmo, volume e tom de voz)
- 55% da comunicação tem a ver com a linguagem corporal
Mesmo que, literalmente, não abra a boca, a linguagem corporal está a passar uma mensagem sobre si. É como se o seu corpo e as suas palavras fossem duas entidades separadas. E da mesma forma que pode focar-se em desenvolver e treinar aquilo que diz (o seu vocabulário, as palavras que utiliza, etc.) pode da mesma forma colocar o foco na sua linguagem corporal para desenvolver uma comunicação mais assertiva, e por outro lado compreender melhor as pessoas à sua volta.
Compreender a linguagem corporal não tem a ver com “fazer raio-x” às outras pessoas. O foco deve estar sempre na empatia, no autodesenvolvimento, na capacidade de melhorar o seu processo comunicativo para liderar melhor, transmitir informação com eficácia, ser eficaz num processo de negociação, compreender melhor as pessoas à sua volta ou praticar a escuta ativa.
A linguagem corporal inclui diversos aspetos, como por exemplo a roupa que veste, o contacto visual, as expressões faciais, a postura corporal, os gestos, a forma como respira, só para citar alguns exemplos mais evidentes. À medida que desenvolve essa capacidade, é como se um “mundo novo” se abrisse diante dos seus olhos, pois começa a estar atento a outros sinais em que nem sempre está focado, como por exemplo:
- O aperto de mão do seu cliente foi suave e subtil, ou forte e prolongado?
- O que é que o corte de cabelo da pessoa à sua frente lhe pode indicar sobre a sua personalidade?
- Que tipo de cores a pessoa favorece na sua forma de vestir?
- Que tipos de livros lê?
- Tem tiques nervosos?
- É uma pessoa que gosta de toque ou aprecia a distância?
Ter uma linguagem corporal assertiva é uma competência que pode procurar estar atento e desenvolver, para melhorar o seu processo comunicativo. Esses sinais vão-lhe permitir reforçar a mensagem que pretende transmitir, proporcionar maior credibilidade e eficácia na negociação, potenciar um maior entendimento com o seu interlocutor, em suma, torná-lo um comunicador de excelência.
Quer ter uma linguagem corporal assertiva?
A minha sugestão é que leia estas dicas com atenção e comece a incorporar alguns destes aspetos na sua comunicação, a partir de hoje.
1. Vestuário e acessórios
A imagem projetada é reveladora do modo de ser e estar. Apesar do estilo ser algo muito pessoal, uma roupa confortável, adequada à hora, local e circunstância, asseada e bem cuidada podem fazer toda a diferença na hora de convencer um cliente, participar num evento, ganhar pontos numa entrevista de emprego e, porque não, sentir-se bem.
2. Contacto visual
Apesar de haver culturas que desencorajam o olhar direto, olhar a pessoa nos olhos é normalmente uma boa opção. O olhar não deve ser fixo, nem duro pois pode provocar desconforto e intimidação. O contacto visual deve transmitir atenção e interesse genuíno, pois está atento e valoriza o que a outra pessoa está a dizer. Por outro lado, reforça a credibilidade da mensagem que está a transmitir.
Cada caso é um caso, e é preciso sempre analisar o contexto da situação, contudo olhar sucessivamente para o lado ou “vaguear” os olhos pela sala são, normalmente, indicadores de aborrecimento e desinteresse.
3. Gestos
Podem ser expressivos, mas convém não exagerar. Acima de tudo devem demonstrar abertura à comunicação. Por outro lado, quando está a comunicar, pode utilizar os gestos das mãos para reforçar a sua mensagem. Tenha em atenção que existem alguns gestos que pode controlar, pois são sinais “pacificadores” que podem indicar desconforto da sua parte, como p.e. tocar constantemente na cara, mexer frequentemente na roupa ou no cabelo, estar permanente com as mãos fechadas e nos bolsos, cerrar os lábios, entre outros.
4. Espaço social
O uso do espaço pelo ser humano e a sua respetiva perceção influenciam fortemente a comunicação. Por outras palavras, adapte a distância física ao seu interlocutor de acordo com a situação e grau de familiaridade.
Tenha em atenção que, de acordo com o perfil comportamental, há pessoas que gostam de maior proximidade na comunicação, e outras que não se sentem nada confortáveis quando “invade” o seu espaço pessoal e fica muito próximo. Acima de tudo, respeite o espaço da outra pessoa.
5. Tenha em atenção o toque
Apesar do toque físico ser um estímulo normal no ser humano, em contexto profissional nem sempre é muito bem acolhido, principalmente em situações de grande formalidade. Mais uma vez isso também depende da pessoa que está à sua frente, e do grau de confiança que tem com a mesma.
6. Voz
Uma dica importante sobre a voz é saber quando não a deve colocar em prática. Por outras palavras, respeite os silêncios e momentos de pausa na comunicação.
A forma como utilizada a sua voz pode fazer toda a diferença para que seja ouvido, e a sua mensagem compreendida e aceite. A voz envolve diversos aspetos como o volume (não fale nem muito baixo nem muito alto, mas fale com firmeza e fluência), o tom (as inflexões e formas de dizer algo), a velocidade (sem acelerações ou hesitações bruscas) e o ritmo (a combinação de sons, palavras e pausas).
Concluindo, a comunicação é um processo complexo e muito mais do que as palavras, pois uma parte muito significativa da mesma ocorrer a um nível não-verbal. Mesmo que não tenha consciência disso, o vestuário, a forma como utiliza o contacto visual, a voz ou os gestos transmitem uma mensagem sobre si, a sua maneira de ser e estar.
Por isso pode estar atento a estes aspetos e praticar sempre que tiver oportunidade, de forma a exprimir de forma genuína as suas emoções, ser expressivo na sua comunicação, mais eficaz na negociação, em suma um bom comunicador.
Domine a sua linguagem corporal e seja mais assertivo e eficaz na comunicação.
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