Gestão da ansiedade no ambiente de trabalho

 A ansiedade e as interferências no desempenho
 
O trabalho é, sem dúvida, uma das fontes de realização pessoal. É nele que colocamos em prática as competências, as habilidades e ainda do conhecimento obtido em formação. Porém, nem tudo são flores quando ocorre a ansiedade no ambiente de trabalho.
Dados da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) colocam Portugal  entre os cinco países europeus com índices alarmantes de incidência de transtornos emocionais, o que inclui a ansiedade, a depressão ou os problemas com o consumo de álcool e drogas.
Quem sofre, sabe muito bem que gerir a ansiedade é um desafio e, manter a performance no trabalho é outro, ainda maior.



A ansiedade é um sinal de alerta
 
Todas as pessoas experimentam a ansiedade em vários momentos da vida: é aquela sensação desagradável de que algo está para acontecer, parece que há um perigo à espreita e que é preciso ficar em estado de atenção constante.
Este medo do que está para ocorrer, pode ser positivo, colocando a pessoa em estado de alerta para responder com precisão a uma situação futura ou ameaça conhecida. O problema torna-se maior quando a sensação ocorre e a pessoa desconhece qual é a ameaça que precisa enfrentar.
Até certo ponto, a ansiedade é um sentimento positivo, útil para manter a pessoa atenta e preparada para os desafios da vida quotidiana e nas suas atividades profissionais.



A tormenta que paralisa
 
É muito provável que o leitor já tenha passado por uma situação como esta: Letícia está a liderar uma equipa de projetos de novos negócios e, após todas as metas e estratégias definidas, é hora de enfrentar o mercado e fazer acontecer.
Todas as manhãs, Letícia é bombardeada com inúmeros e-mails dos diretores querendo resultados, pois as finanças da empresa não vão bem e, aliado a isso, ela percebe a alta concorrência entre os membros da equipa, pois temem a instabilidade dos seus cargos.
E, agora está prestes a negociar um contrato milionário com uma grande companhia. Seu coração dispara e suas mãos ficam trêmulas, cada vez que pensa nisso. A pressão extenuante por resultados e para equilibrar a equipa, torna a profissional cada dia mais temerosa de uma possível recusa do cliente.
Todas essas emoções e situações negativas, causam muitos prejuízos à performance de Letícia e de toda a sua equipa. Com tudo isto, seu organismo reage de diferentes maneiras e liberta hormonas que inibem a capacidade de raciocínio, deixando-a mais emotiva e, desta forma, a sua capacidade de tomar decisões é prejudicada, já que é mais difícil pensar com clareza sem se deixar influenciar pelas emoções.
O que deveria ser um mar calmo para se velejar, tornou-se uma tempestade que ameaça destruir o molhe da foz do Douro e, Letícia, não tem mais a certeza da sua capacidade em encantar o cliente.



Em busca do bem-estar corporativo
 
Mesmo que trabalhes numa empresa marítima, a sua vida não precisa de estar, constantemente, numa tempestade ameaçadora, com ondas gigantes e raios da trovoada.
O bem-estar corporativo é uma das formas de prevenir a ansiedade no ambiente de trabalho. O primeiro passo é entender que ter saúde - física e mental - significa muito mais que “a ausência de doença”.
A
cultura organizacional das empresas deve estar atenta à saúde dos colaboradores, pronta para oferecer-lhes condições de alcançar altos níveis de performance, mantendo-os focados nas metas e objetivos.
 
Aprender a gerir a ansiedade, além dos inúmeros benefícios para a saúde mental, também pode ser responsável por alavancar uma carreira profissional de sucesso.
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