Novo perfil de colaborador

O novo perfil dos colaboradores na “Era da Flexibilização”
 
Já deve ter percebido que estamos nas vésperas de uma nova década. Em todo o mundo, milhares de pesquisas e estudos tentam mapear o comportamento humano dentro deste futuro que se aproxima. Como serão as relações de trabalho? Qual será o perfil ideal de liderança para uma nova geração que chegará no mercado de trabalho? Como serão as métricas de performance, resultados e indicadores que envolvem o cotidiano de uma empresa? São muitas indagações e respostas que serão conhecidas (e vividas) nos próximos capítulos dessa jornada.
 
A consultora Mercer, na Pesquisa de Tendências de Talentos Globais, criou o termo: “Flexibilidade Permanente” – Segundo esta análise, os anos de 2020 serão conhecidos como “a era da flexibilização” - dos processos, das pessoas, das metodologias, das culturas, das carreiras; quando trabalhos flexíveis incorporam um estilo de vida fluido e digital.
 
A Flexibilidade Permanente envolve “repensar como o trabalho é feito e por quem”. Desta forma, vale a pena refletir sobre este cenário que nos rodeia que propõe uma nova forma de pensar e fazer as empresas. Os desafios passam por interdependência entre as equipas; supervisão de atividades e prioridades; olhar atento às cargas de trabalho; gestão daquilo que não é visto; e alocação de recursos. E, por fim, como evitar atritos, aumentar a produtividade, a felicidade e a satisfação do colaborador.



A geração Z: entenda o novo perfil de colaborador
 
A chamada Geração Z (aqueles nascidos no final da década de 90 e início dos anos 2000) está a chegar ao mercado de trabalho e, com eles, uma revolução no universo corporativo: a necessidade de uma adaptação, não apenas no ambiente organizacional, mas também na gestão de talentos.
 
De realçar que esta é a primeira geração que nasce completamente conectada e móvel. Eles costumam relacionar-se com o trabalho de uma forma muito diferente das gerações anteriores, e parte disso é pelo fato de ser uma geração nascida e criada com as tecnologias, o que os tornou mais ligados, com pensamentos rápidos e habilidade multitarefa.
 
O que muda a partir da Geração Z?
 
Há quem diga que os melhores profissionais são aqueles que fazem horas extra, trabalha aos fins-de-semana e feriados e ainda tem o telemóvel sempre ligado com os emails da empresa 24/7. Será?
 
Devemos entender que
produtividade e eficiência são duas coisas completamente diferentes, e empresas comprometidas com o futuro do mercado de trabalho deve ter em conta essas características, principalmente quando falamos de um novo perfil de colaborador – aquele que será responsável por conduzir as engrenagens do futuro dos negócios.
 
Recentemente, lembro-me de conversas em consultorias, em que colaboradores relatavam o desejo de maior flexibilidade de horário (inclusive o home office - teletrabalho). Aquilo parecia algo hipotético e, muitas vezes, utilizado como prémio para colaboradores de alta performance. O turbilhão de novidades no universo de trabalho trouxe essa realidade que, hoje, pressiona as relações de trabalho:

 
  • Home Office já é uma realidade: o novo perfil de colaborador quer ter mais tempo para a família, para seus afazeres pessoais e, ficar horas no trânsito (ir e vir) já não soa tão atrativo como antigamente. Logo, empresas que oferecem possibilidades de um trabalho remoto têm vislumbrado uma mão de obra mais envolvida, profissionais mais felizes, criativos e defensores da marca.
     
  • Ser workaholics está “fora de moda”: desde que o mundo é mundo, as gerações foram sempre pautadas em “correr contra o tempo”. A humanidade conheceu uma legião de profissionais stressados, prejudicando a vida pessoal e realizando horas extra. Definitivamente, ser workaholic está em desuso nos dias atuais. A Era dos “workaholics” está com os dias contados. Hoje, quem fica muito tempo dentro das empresas, negligenciando muitas vezes a família e a própria saúde já não são vistos com tanto entusiasmo.Mostrar resultados, independentemente de onde se esteja e por quanto tempo se fica na secretária do escritório, é a melhor forma de expressar o quão empenhado e dedicado se é. Afinal, inovação precisa de tempo e espaço, e companhias que entendem isso estão à frente.Esta nova geração que chega ao mercado está cada vez mais conectada com as chamadas metodologias ágeis – encurtamento de processos e otimização de tarefas. Por outras palavras, esse novo perfil de colaborador está apto para trabalhar menos e entregar mais. O líder precisa rever os conceitos de produtividade dentro dessa realidade.
     
  • Ferramentas e tecnologia inovando as relações de trabalho: o mundo moderno já conta com inúmeros aplicativos e ferramentas que auxiliam na otimização da produtividade. Reuniões já são feitas por videoconferência, projetos são realizados de forma remota – com a possibilidade de acompanhar a equipa e a performance de cada um, dentro de uma roupagem de jogos de apresentação de metas e de desafios para uma equipa. O novo colaborador vê com bons olhos a utilização de meios digitais para facilitar a comunicação, encurtar distâncias e reduzir processos desnecessários e morosos.
     
  • Equilíbrio entre inovação e tecnologia: de acordo com a pesquisa divulgada pela Inc, 90% da geração Z prefere ter na equipa pessoas inovadoras, do que necessariamente uma nova tecnologia. A pesquisa revelou ainda que 72% preferem comunicar pessoalmente, uma vez que aspectos valorizados no ambiente de trabalho são: apoio dos líderes e boas relações que podem cultivar por meio de diálogos.
     
  • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: o que alavanca esta tendência é o novo perfil dos colaboradores, que buscam o equilíbrio entre trabalho e lazer, o cuidado com a saúde física e mental e as horas despendidas no escritório. Além disso, a chamada Geração Z não se importa apenas em ganhar dinheiro. O sucesso financeiro, a realização de atividades das quais realmente gostam e a qualidade de vida, são pontos muito importantes. Tais características resultam em profissionais dinâmicos, interativos, multidisciplinares, criativos e curiosos.
 
Líderes atualizados sabem que exigir resultados é mais benéfico do que ter um funcionário por dez horas dentro da empresa, por exemplo.



A retenção de talentos dentro do novo cenário de colaboradores
 
Quero compartilhar um
estudo publicado pelo MIT Sloan School of Management sobre pilares de retenção dentro de uma empresa, quando falamos nesta nova geração de colaboradores. O estudo ajuda-nos a entender as aspirações e critérios motivadores para o novo colaborador e, desta forma, conseguiremos criar políticas e metas que suportam estes anseios.
 
Os pontos mais relevantes para atração e retenção da geração Z são:
  • Horários flexíveis (88%)
  • Bónus (77%)
  • Plano de saúde (69%)
  • Academia ou creche (38%)
  • Trabalho voluntário durante o expediente (31%)
 
Pretende entender melhor como lidar com esse novo perfil de profissionais no mercado? Quer investir em formação para a sua equipa, de modo a evitar choques e conflitos geracionais? Precisa de ajuda para otimizar processos e tornar o ambiente da sua empresa mais atrativo para o colaborador do futuro?
 
Com a apoio de Fátima Sendim Executive Coaching pode entender as suas necessidades e dificuldades, de maneira personalizada e de acordo com a sua realidade, e elaborar um plano de ação que inclui várias vertentes tais como, processos, pessoas, metodologias, culturas, carreiras e consequentemente, no final do plano implementado, conseguir-se-á aumentar não só a produtividade e resultados na empresa, mas também a felicidade e a satisfação dos colaboradores.
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