O que é que as nossas avós, o Winston Churchill e o Tony Robbins têm em comum?

Quem me conhece sabe que gosto de aproveitar os fins-de-semana para relaxar de forma ativa, e que não sou muito de ficar no sofá, mas às vezes sabe-me bem ficar na minha tranquilidade a ler um bom livro ou, como foi o caso um dia destes, a ver um bom filme.

O último que vi foi A Hora Mais Negra, que deu ao ator Gary Oldman o Óscar de Melhor Ator Principal pela interpretação do lendário Primeiro - Ministro Inglês Winston Churchill.

Um dos aspetos que acho mais fascinantes no Winston Churchill foi o poder que a sua voz e os seus discursos tiveram na mobilização e inspiração da sua nação durante a 2ª Guerra Mundial, por colocar a emoção e as suas vivências reais no conteúdo da informação que transmitia.

Sem dúvida alguma que a voz humana é uma das ferramentas mais poderosas ao serviço da Humanidade e tem um papel fundamental na comunicação.

Alguns dos mais consagrados atores e atrizes de Hollywood são também facilmente reconhecidos pela sua voz única na medida em que quando os ouvimos soa-nos a algo familiar, como que a partilha segredada de algumas histórias contadas pelas nossas mães e avós.

Ainda nesta linha de raciocínio temos como uma referência o atual e famoso Tony Robbins que partilha connosco as suas histórias de vida utilizando o seu tom de voz para nos transmitir de tal forma a emoção das suas vivências que ficamos paralisados e embevecidos a ouvi-lo., aumentando continuamente e de uma forma que parece tão natural a empatia com a sua plateia.  

Já muitas vezes ouvimos falar em tom de voz persuasivo na comunicação, e podemos pensar que tem uma conotação negativa. Mas lembre-se das histórias que as nossas mães e avós contavam para nos tirar alguns medos ou acrescentar outros tantos, nos momentos em que pretendiam alterar em nós alguns comportamentos.

A informação que passamos deve toda ela ser verdadeira e congruente utilizando bons
argumentos, pode e deve sempre que o objetivo seja cativar a atenção da nossa audiência, utilizando ideias inspiradoras, histórias verídicas por nós vividas ou presenciadas, e utilizando a voz para dar o ênfase necessário e tornar essas vivências o mais reais possíveis.

Falar de forma mais persuasiva e envolvente é uma capacidade que faz toda a diferença na eficácia da comunicação, quer seja na vertente pessoal quer na profissional. Claro que quando a vertente profissional tem um suporte com maior abrangência de
vendas ou relações publicas melhor será a eficácia da sua utilização. 

A voz é como um músculo, é uma competência que pode e deve ser treinada para que possamos utilizá-la a nosso favor para que cada vez mais possamos transmitir de uma forma clara e evidente o conteúdo da nossa informação, levando que os nossos parceiros, colaboradores ou público em geral assimilem de uma forma clara aquilo que lhes pretendemos transmitir.


O que é que lhes posso dizer da minha experiência de comunicação que pode melhorar o vosso discurso?

- 1º Aspeto, Segurança

A nossa comunicação deve transmitir a segurança de alguém que tem conhecimento daquilo que está a ser falado. Tal como a mim, também já lhe deve ter acontecido de ouvir pessoas quando falam a baixarem ou elevarem o seu tom de voz.

Quando não tem confiança naquilo que estão a dizer, a mensagem que estão a passar de uma maneira geral poderá ser de medo quando baixam o tom de voz. Quando elevam o tom de voz por vezes pode ser pela tentativa de uso de autoridade ou para silenciarem o interlocutor.


- 2º Aspeto, faça oscilações ou variações de tom ao longo do seu discurso

Refiro-me neste caso unicamente ao tom de voz. De uma maneira geral as pessoas não tem a perceção do local onde colocam a sua voz na boca quando falam ou seja se estão a utilizar tons agudos ou mais graves.

O que é que isto quer dizer?

Quando utilizamos tons mais agudos estamos a utilizar tons que não criam empatia, ao contrário dos tons mais graves que são originários de grande empatia. E agora como é que vamos saber quando o nosso tom de voz está a ser mais grave ou mais agudo?

Pois bem vou dar-lhe uma dica, sempre que falamos com o posicionamento da voz no nariz, ou seja o “nhé nhé nhé” estamos a originar a não empatia ou seja a utilizar tons mais agudos. Quando utilizamos a colocação de voz posicionada debaixo da língua, como que usando o espaço debaixo da língua para fazer uma "caverna", estamos a utilizar tons mais graves que são aqueles que promovem a empatia.

Experimente fazer este tipo de exercícios e ao fim de algum tempo vai ver que tudo se torna mais fácil.


- 3º Aspeto, tem a ver com a velocidade com que comunica

Melhor dizendo o ritmo e a rapidez com que articula as palavras.

Se a sua voz for muito lenta ou arrastada pode correr o risco de se tornar pouco apelativo ao seu interlocutor, por outro lado se falar demasiado depressa isso também pode causar cansaço e gerar impaciência da pessoa que o ouve.

Por isso esteja atento à pessoa com quem está a dialogar e tente aumentar ou diminuir a velocidade conforme a perceção de quem o está a ouvir pois dessa forma irá ter maior certeza de que a sua comunicação está a ser acompanhada.

Espero ter-lhe dado boas dicas. Até a próxima!
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