Planear antes de começar

Arregaçar as mangas? Só depois do planeamento

A História de Portugal é repleta de conquistas marítimas, por vezes, inacreditáveis para a época em que foram realizadas. Mas, o que elas têm em relação ao título deste artigo, que fala em planear antes de começar as ações?
 
Para termos uma rápida ideia, as esquadras que partiam dos portos portugueses no final dos anos de 1490 navegavam com cerca de 12 naus e, em cada uma, transportavam mais de 150 marujos, 100 tonéis de porte (que é uma antiga medida de volume, que deu origem ao termo tonelada).
 
Ao multiplicarmos a tripulação, volume de alimentos, armas, água e demais suprimentos, podemos ter uma noção da importância do planeamento antes da embarcação ser lançada aos mares.
 
Imagine o desespero de Vasco da Gama à deriva em alguma parte do oceano Índico e sem stock de água e comida e à espera dos ventos para retomar a rota para Calecute.
 
 

Decisão antecede a ação

O primeiro passo para agir é decidir e saber o que fazer.
 
Normalmente o que faço com os meus clientes, é criar uma lista. Com alguma frequência, eles tentam passar logo para a fase seguinte, que é pensar como o vão fazer, mas aí faço o meu papel de coach e volto a focá-los dizendo, primeiro vamos trabalhar o “o quê”, só depois vamos pensar no “como”.
 
O segundo passo é responder à questão: Como vou fazer para alcançar o meu objetivo? A resposta, obviamente é fazer um bom planeamento. O que quero dizer com isto? É definir quem vai fazer parte de cada processo, qual vai ser o período de cada etapa, quais vão ser os custos inerentes a cada fase do processo, que recursos para além dos humanos vamos precisar para implementar o processo, etc, etc, etc. Quanto mais itens tivermos delineado, maior vai ser a velocidade com que os vamos implementar e menor vão ser as surpresas ou barreiras que vamos encontrar ao longo da execução.
 
O planeamento é a representação gráfica (escrita e muitas vezes desenhada) do percurso e das etapas. Lembre-se dos antigos mapas dos navegadores, continham as rotas, a cartografia que iriam encontrar pelos caminhos e, alguns tinham ilustrações de monstros marinhos, que assustavam os marujos.
 
Se pensarmos nesses monstros marinhos como uma metáfora para os dias de hoje, podemos considerá-los como os obstáculos que encontraremos na execução do nosso planeamento.
 
E, conhecendo alguns possíveis "imprevistos", podemos mitigá-los de forma satisfatória, caso apareçam ou, até evitá-los, mudando a nossa rota.
 
Estou a recordar-me de algumas situações vivenciadas nas empresas, que utilizavam recentemente metodologias arcaicas, mas como sempre tinha sido assim, nunca tinham pensado que estavam a fazer processos muito manuais tornando-os demorados e nada produtivos, e após o processo que fizemos conjunto de planeamento, chegamos à conclusão que os sistemas informáticos existentes no mercado e muitas vezes sem custos acrescidos, fazem funções muito rapidamente, permitindo que ganhemos tempo e recursos humanos tornando os produtos muito mais rentáveis! Adoro ver nesta altura, os olhos dos clientes a brilharem, quando percebem os lucros que vão ter a partir do momento que implementam estes procedimentos!
 
 

Há que começar

Fazer planos é muito bom. Como naqueles dias que antecedem as férias escolares e, semanas antes já ficávamos a sonhar com todas as brincadeiras, viagens e atividades que estariam à nossa espera.


Eram dias de ansiosa espera. Quando o relógio atingia o último minuto das aulas, a explosão de satisfação era geral.
 
Agora, pensem comigo. Imagine que, ao invés de fazermos tudo que havíamos sonhado, preferíssemos ficar a dormir. Todos os sonhos e planos estariam fadados ao fracasso!
 
Estou a falar disto, porque é o que ocorre com muitas pessoas. Sonham, escrevem, desenham, conseguem até imaginar um cenário real, porém, não partem para a ação.
 
A indecisão, aquele momento de hesitação, que ficamos a ameaçar dar um passo adiante e voltamos ao nosso porto seguro, é como se os nossos bravos navegantes recolhessem as velas e, desistissem de navegar, deixando de descobrir novos mundo e adiar o futuro.
 
Quando o assunto é trilhar novos caminhos, uma ferramenta pode auxiliar neste momento de transição entre o sonho, o planeamento e a ação, que é o coaching, pois fornece meios para alcançar um
mindset de alta performance, da procura contínua por resultados e, orienta o profissional desde os primeiros passos.
 
O escritor e palestrante Jim Rohn, costumava provocar a audiência nas suas apresentações dizendo "Não importa de que lado da cerca você saia. O que mais importa é sair. Nós não podemos progredir sem a tomada de decisões".
 
Rohn chamava às suas palestras “Aventuras em Conquista" e nelas, procurava motivar empreendedores e empregados para tomarem as rédeas das suas vidas, tendo a felicidade como meta do presente, jamais do futuro e que, para isso, era imprescindível a disciplina e tempo para planear a vida.
 
Isso faz-me lembrar uma frase atribuída ao físico Albert Einstein que diz: "Falta de Tempo é a desculpa daqueles que perdem tempo por Falta de Método (o planeamento)".
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