Reflexões sobre o ano que passou e o ano que chegou

Entramos para a história do século
 
Quando o ano chega ao fim, a sensação é de que um ciclo está por acabar e um novo ciclo já desponta no horizonte. Com isto, as pessoas começam a avaliar os seus feitos e a imaginar o que pode ser diferente no novo ano, correto?
 
Digamos que sim! Alguns leitores vão perguntar-me: "Mesmo com tudo que ocorreu e, ainda está a ocorrer, neste ano atípico e conturbado?" Eu, continuo reafirmando que sim e vou explicar os motivos.
 
Venham comigo!
 
 

Mudanças de paradigmas
 
Uma frase atribuída ao naturalista Charles Darwin, mas que na verdade é do professor da Louisiana State University,
Leon C. Megginson, afirma que "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças".
 
Claro que esta máxima não pode e nem deve, de forma alguma, ser aplicada às centenas de milhares de vítimas da pandemia, e não é por aí o nosso raciocínio.
 
Esta frase, pode motivar-nos a entender este ano atípico, como um período de aprendizagem, que exigiu da sociedade - pessoas, profissionais e empresas, uma rápida adaptação à nova situação e, total desprendimento para aceitar as mudanças que o momento exigia.
 
Assim, profissionais que sempre acreditaram que "estar na empresa ou no cliente" era fundamental, tiveram de abandonar esta certeza e aprender a utilizar as novas ferramentas de conversas, mensagens e conferências à distância.
Com tudo isto, a tecnologia que estava a ser desenvolvida a passos largos, disparou como um foguete na procura de soluções para o teletrabalho, para a venda online, aulas remotas e, até consultas médicas passaram a ser realizadas pelos meios digitais.
 
 

Desacelerar para continuar o caminho
 
Outra aprendizagem positiva deste ano está relacionada com o uso do tempo. A frase mais utilizada pelas pessoas era: "Estou numa correria!”.  E isto, era de domingo a domingo, com todos a correr, mesmo sem saber para onde.

O isolamento forçado deu-nos uma nova dimensão do tempo. Talvez, por isso, muita gente ficou perdida no início, porque, era tempo demais. Mesmo assim, alguns afundaram-se na necessidade de produtividade e passaram muitas horas a trabalhar sem descanso.
 
Mas, para outros, foi a oportunidade de olhar para si, cuidar da saúde e fazer as adiadas consultas de rotina, agora por telemedicina; ampliar conhecimentos, por meio de cursos online e, principalmente, conviver com a sua família.
 
Essa convivência que estava a transformar-se em mensagens digitais, passou a ser mais próxima e dinâmica. Uma grande conquista foi que muitas mulheres conseguiram maior cumplicidade dos seus familiares para exercer as suas profissões no modo remoto, colocando-os a dividir tarefas domésticas, horas de lazer, de alimentação, e com isso, dando uma nova dinâmica ao quotidiano familiar.
 
Neste novo ciclo, a nossa valiosa moeda do século XX, que é o tempo, passou a ser valorizado de outras formas, não apenas para realizar tarefas produtivas, mas para sermos o que deveríamos ser sempre: humanos!
 
Passamos a olhar o sofrimento das pessoas, das cidades, dos países e, procurar um objetivo único, que é a vacina para todos. Contudo, até que ela seja distribuída e administrada, temos de continuar a ser solidários, pois, aprendemos que a nossa atitude vai afetar a nossa família, a sociedade, o país e o mundo.
 
Relembramos uma coisa esquecida há muito pelas pessoas: "Nós somos partes de um todo e precisamos cuidar dele com toda a energia, o nosso respeito e com dignidade".
 
Agora, precisamos de seguir a nossa vida, o sonho não acabou, apenas foi adiado ou precisou de ajustes. Mas, não é possível parar!



Vamos continuar a viver
 
Para as empresas, líderes e toda a equipa é a mesma determinação, pois, foram despertadas para a experiência do cliente, na sua forma mais radical.

Até uma nova palavra apareceu nesse período e, provavelmente, ficará em destaque nos próximos anos, que é a omnicanalidade, que significa que as empresas e profissionais devem operar em múltiplos canais.

Desta forma, o cliente compra online pela app, conversa com os vendedores por Telegram ou Whatsapp e levanta o produto físico numa loja próxima ou recorre à logística.

Ao pensar no que disse o professor Megginson, deduzimos que isto não é ser nem mais forte e nem mais inteligente, mas sim, com uma enorme capacidade de adaptação às mudanças.
 
E, cada vez mais, líderes e colaboradores, deverão lembrar-se que quem realiza compras, vendas e investimentos são pessoas. 
Pessoas fazem negócios com pessoas.

Por isso, a humanização das relações profissionais deverá continuar em crescimento na década que se inicia.
 
2021 chegou e desejo, com todas as minhas forças, que cada um possa reinventar-se cada vez mais, crescendo sempre. A viver e a aprender com as suas experiências, pois, somos hoje, o resultado de tudo que já vivemos.
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