Um olhar sobre as múltiplas gerações

Potencializar as gerações

Um tema bastante discutido em Portugal é o significativo envelhecimento da população,  com a idade média da população a alcançar os 46,8 anos, a segunda mais alta na União Europeia.

Com equipas de trabalho formadas por várias gerações, cada uma interagindo de maneiras distintas no ambiente laboral, as empresas têm sido desafiadas a criar programas ou sistemas dedicados à atualização de competências dos colaboradores séniores, os mais experientes.

Este fenómeno influência diretamente o mercado de trabalho, impulsionando empresas a reavaliarem as suas estratégias de aquisição de talentos.



Os séniores como força impulsionadora

A dificuldade em reter talentos e contratar colaboradores com habilidades e competências desenvolvidas, está a levar muitas empresas portuguesas a apostarem em colaboradores séniores.

Isto significa que a necessidade está a forçar a ruptura de um paradigma e a vencer o estereótipo do "velhinho", para dar lugar a líderes e colaboradores experientes e dispostos a colaborarem e a aprenderem.

Assim,  a experiência e o conhecimento destes profissionais tornam-se ativos valiosos, contribuindo para a resiliência e a evolução das organizações.



Estratégias para uma gestão multigeracional

O mercado de trabalho está, atualmente, formado por quatro gerações - 1. os colaboradores séniores da geração Baby Boomers; 2. X; 3. Y (ou millennials) ; 4. Z,  com características, desejos e objetivos diferentes.

Sem dúvida, muitos conflitos surgem quando indivíduos com perfis e ideias distintas se juntam para resolver problemas numa empresa.

Por exemplo, um elemento da geração X tende a procurar a abordagem mais segura e já comprovada para resolver um problema.

Por outro lado, o Y optará por inovar na solução e procurar métodos não convencionais para, talvez, desenvolver a sua própria abordagem.

Neste jogo de ideias, não há um certo ou errado, mas sim formas diferentes de interpretar o mundo.

Compreender não apenas como lidar com estas pessoas, mas também reconhecer que cada geração tem as suas particularidades, é fundamental para promover uma convivência harmoniosa entre gerações no ambiente empresarial.

Empresas como o
Grupo Wellow ilustram um modelo multigeracional bem-sucedido. Com 23 colaboradores séniores acima dos 55 anos, a empresa reconhece a importância de ouvir as diferentes gerações.

Políticas de desenvolvimento, mentoria e gestão de carreiras são repensadas para valorizarem as competências adquiridas e transferíveis.

No contexto destas mudanças, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem inclusiva, para reconhecerem o potencial de cada colaborador, independentemente da idade.

A gestão multigeracional não apenas enfrenta desafios, mas também enriquece o ambiente empresarial com perspetivas diversas.

Ao valorizar a experiência acumulada, as organizações podem construir equipas mais resilientes e inovadoras.
Partilhar

Subscreva a nossa newsletter!

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço. Para saber que cookies usamos e como os desativar, leia a política de cookies.
Ao ignorar ou fechar esta mensagem, e exceto se tiver desativado as cookies, está a concordar com o seu uso neste dispositivo.