5 passos para um processo de inovação
As empresas e os gestores já perceberam que estabelecer um processo de inovação consistente e contínuo, resulta num aumento do comprometimento das equipas, com maior produtividade e um crescente valor futuro dos negócios.
Para muitos a frase “transformar a inovação num hábito” passou a ser a frase de ordem nas organizações. A intenção é boa, mas a distância entre a intenção e a ação, propriamente dita, é muito grande e precisa de ser realizada de forma criteriosa e inteligente.
A inovação e a sua importância para as empresas
Nos dicionários, inovação é o uso de novas ideias ou métodos. Contudo, para as empresas ela já está a significar muito mais, não é apenas um significado linguístico, mas ganha o status de um conceito.
Uma das frases mais encontradas na Internet quando se está a falar deste assunto é a do produtor Nick Balding: “Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias.”
Muitas pessoas estão a repetir, que a inovação é “pensar fora da caixa ou fora da bolha pessoal”, mas muitos a confundem com melhorias contínuas, que também são importantes, porém, não criam vantagens competitivas a longo prazo.
Por isso, a inovação é muito importante para ser ignorada pelos gestores, pois, uma falha e coloca-se tudo a perder: mercado, investimentos, faturação, etc.
Vamos conhecer os 5 passos para um processo de inovação e os benefícios que traz para a empresa e para os colaboradores.
As 5 etapas
Até o momento vislumbramos que a inovação se refere à introdução de uma nova qualidade de um bem ou, então à criação de um novo produto ou serviço, um novo mercado, métodos disruptivos de atuação e até de produção.
O mais promissor no processo de inovação é poder atualizar uma ideia num conceito de sucesso duradouro e este, deve estar sempre voltado para encontrar uma solução para os clientes.
A divisão em 5 etapas vai facilitar o entendimento para implementar um processo de inovação na empresa:
- Encontrar as ideias
- Preparação ou mobilização
- Inovação
- Mercado e aprender/renovar.
As características de cada etapa
A inovação é um assunto extremamente amplo, extenso e apaixonante. Por isso, não é possível oferecer fórmulas prontas quando se tratar deste tema.
Apresentamos um breve descritivo de cada etapa do processo de inovação:
- Encontrar as oportunidades: Ter uma equipa motivada e preparada para procurar soluções, superar os medos, acreditar em si e colocar as suas reflexões em andamento é a chave para muitas oportunidades. Este é o ponto de partida e os gestores e empreendedores devem estar preparados para incentivar a geração de ideias bem-sucedidas e, ainda, ao encontrar um equilíbrio entre a ludicidade e a necessidade da empresa e dos clientes.
- Preparação ou mobilização: Ao encontrar uma nova ideia, é preciso que ela saia de seu local de origem, ganhe novos adeptos e entusiastas e comece a ser desenvolvida também por outros criadores. É o momento de pesar os prós e os contras de uma ideia. Uma explicação simples para isso é o fato de que, muitas vezes, os geradores de ideias e inventores não são tão bons comercialmente. Por isso, esta etapa é tão importante para a progressão de uma nova conceção. O gestor não pode ignorá-la, pois isso poderá comprometer o processo de inovação.
- Inovação: Este é momento de colocar ideias em prática, experimentar, melhorar e validar constantemente. Desta forma, a meta principal desta etapa é desenvolver um produto acabado para ser usado que possa ser oferecido ao mercado. Para isso, as equipas estão a desenvolver procedimentos e conceitos, a construir e testar protótipos. A resposta do mercado é muito importante, pois se o protótipo não atender às necessidades dos clientes, a empresa deve entender e buscar as melhoriase repetir o ciclo "design-built-test" quantas vezes forem necessárias.
- Mercado: Nesta etapa, quando o produto já foi desenvolvido, é a hora de aplicar as ações de marketing para colocá-lo no mercado e conquistar as vendas. Não podemos esquecer que produtos inovadores são totalmente desconhecidos do grande público, por isso, ações mais intensas de marketing são vitais para garantir que vão chegar ao público-alvo. Esta etapa também deve ser utilizada para melhorias, com base no feedback dos clientes e dados de pesquisas e, desta forma ampliar sua expansão e vida útil. No final desta etapa, o novo produto é transferido para a fase de manutenção, onde será continuamente avaliado e melhorado com base no feedback do cliente ou na análise do mercado. Após o período de crescimento onde o mercado de produtos foi desenvolvido e expandido, ele entrará num período de maturidade, que marca o fim da fase de inovação.
- Aprender e Renovar: Podemos dizer que uma inovação puxa a próxima inovação. É um ciclo virtuoso e que fornece grande aprendizagem para todas as equipas envolvidas, mesmo quando um produto falha. Se tal ocorrer, todos os envolvidos precisam de procurar as preciosas lições que as falhas nos fornecem.
Todos são criativos
Num programa de coaching sempre oriento os clientes que a aprendizagem deve ser contínua e, para isso, a mentalidade do profissional deve estar sempre aberta às mudanças e a sua curiosidade sempre aguçada.
Quando estamos a tratar de inovação, o mesmo princípio deve ser aplicado. Um profissional com a mente aberta às transformações consegue imaginar o novo, pensar no improvável sem medo ou censura prévia e, mais do que isso, ter a coragem de falar dos seus pensamentos e sonhos.
Eu vou um pouco mais longe ao afirmar que este colaborador é um criativo! Mesmo que algumas pessoas possam alegar que não têm criatividade, tenho certeza de que qualquer pessoa é criativa, basta ter a segurança de que as pessoas estão a ouvir com atenção e sem ridicularizar as suas ideias.
Podemos pensar nas crianças, elas desenham círculos e retas e dizem que é um elefante ou um balão, perguntam tudo que não sabem e, sem pudores, criam amigos imaginários, brincam com eles e divertem-se muito com tudo o que a sua imaginação proporciona.
Não existe divisão entre criativos e não criativos. Todos são criativos e precisam de expor as suas ideias. Lembro que o impossível não existe, o que existe é o improvável e este, para virar realidade, basta encontrar um processo de inovação em andamento.
Foi desta forma que Steve Jobs criou o iPod e revolucionou a maneira de ouvir música. Outro exemplo é a inovação criada pelos colaboradores da Air New Zealand, da Nova Zelândia.
Com a orientação da IDEO, uma das empresas mais inovadoras do mundo, as equipas da companhia aérea estavam a procurar formas de reinventar a experiência do cliente para os seus voos de longa distância. Sugestões como a colocação de redes, beliches, assentos à volta de uma mesa e tantas outras foram apresentadas até que surgiu o Skycouch.
A Air New Zealand apresenta o Skycouch como o primeiro assento da classe econômica do mundo que pode ser transformado num sofá e com esta inovação, tornou-se a única companhia aérea a oferecer este serviço e ganhou vários prémios do segmento aeronáutico.
Para finalizar, deixo uma frase do escritor inglês Willian Blake para reflexão: “O que agora está provado, uma vez foi apenas imaginado”.
Para muitos a frase “transformar a inovação num hábito” passou a ser a frase de ordem nas organizações. A intenção é boa, mas a distância entre a intenção e a ação, propriamente dita, é muito grande e precisa de ser realizada de forma criteriosa e inteligente.
A inovação e a sua importância para as empresas
Nos dicionários, inovação é o uso de novas ideias ou métodos. Contudo, para as empresas ela já está a significar muito mais, não é apenas um significado linguístico, mas ganha o status de um conceito.
Uma das frases mais encontradas na Internet quando se está a falar deste assunto é a do produtor Nick Balding: “Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias.”
Muitas pessoas estão a repetir, que a inovação é “pensar fora da caixa ou fora da bolha pessoal”, mas muitos a confundem com melhorias contínuas, que também são importantes, porém, não criam vantagens competitivas a longo prazo.
Por isso, a inovação é muito importante para ser ignorada pelos gestores, pois, uma falha e coloca-se tudo a perder: mercado, investimentos, faturação, etc.
Vamos conhecer os 5 passos para um processo de inovação e os benefícios que traz para a empresa e para os colaboradores.
As 5 etapas
Até o momento vislumbramos que a inovação se refere à introdução de uma nova qualidade de um bem ou, então à criação de um novo produto ou serviço, um novo mercado, métodos disruptivos de atuação e até de produção.
O mais promissor no processo de inovação é poder atualizar uma ideia num conceito de sucesso duradouro e este, deve estar sempre voltado para encontrar uma solução para os clientes.
A divisão em 5 etapas vai facilitar o entendimento para implementar um processo de inovação na empresa:
- Encontrar as ideias
- Preparação ou mobilização
- Inovação
- Mercado e aprender/renovar.
As características de cada etapa
A inovação é um assunto extremamente amplo, extenso e apaixonante. Por isso, não é possível oferecer fórmulas prontas quando se tratar deste tema.
Apresentamos um breve descritivo de cada etapa do processo de inovação:
- Encontrar as oportunidades: Ter uma equipa motivada e preparada para procurar soluções, superar os medos, acreditar em si e colocar as suas reflexões em andamento é a chave para muitas oportunidades. Este é o ponto de partida e os gestores e empreendedores devem estar preparados para incentivar a geração de ideias bem-sucedidas e, ainda, ao encontrar um equilíbrio entre a ludicidade e a necessidade da empresa e dos clientes.
- Preparação ou mobilização: Ao encontrar uma nova ideia, é preciso que ela saia de seu local de origem, ganhe novos adeptos e entusiastas e comece a ser desenvolvida também por outros criadores. É o momento de pesar os prós e os contras de uma ideia. Uma explicação simples para isso é o fato de que, muitas vezes, os geradores de ideias e inventores não são tão bons comercialmente. Por isso, esta etapa é tão importante para a progressão de uma nova conceção. O gestor não pode ignorá-la, pois isso poderá comprometer o processo de inovação.
- Inovação: Este é momento de colocar ideias em prática, experimentar, melhorar e validar constantemente. Desta forma, a meta principal desta etapa é desenvolver um produto acabado para ser usado que possa ser oferecido ao mercado. Para isso, as equipas estão a desenvolver procedimentos e conceitos, a construir e testar protótipos. A resposta do mercado é muito importante, pois se o protótipo não atender às necessidades dos clientes, a empresa deve entender e buscar as melhorias
- Mercado: Nesta etapa, quando o produto já foi desenvolvido, é a hora de aplicar as ações de marketing para colocá-lo no mercado e conquistar as vendas. Não podemos esquecer que produtos inovadores são totalmente desconhecidos do grande público, por isso, ações mais intensas de marketing são vitais para garantir que vão chegar ao público-alvo. Esta etapa também deve ser utilizada para melhorias, com base no feedback dos clientes e dados de pesquisas e, desta forma ampliar sua expansão e vida útil. No final desta etapa, o novo produto é transferido para a fase de manutenção, onde será continuamente avaliado e melhorado com base no feedback do cliente ou na análise do mercado. Após o período de crescimento onde o mercado de produtos foi desenvolvido e expandido, ele entrará num período de maturidade, que marca o fim da fase de inovação.
- Aprender e Renovar: Podemos dizer que uma inovação puxa a próxima inovação. É um ciclo virtuoso e que fornece grande aprendizagem para todas as equipas envolvidas, mesmo quando um produto falha. Se tal ocorrer, todos os envolvidos precisam de procurar as preciosas lições que as falhas nos fornecem.
Todos são criativos
Num programa de coaching sempre oriento os clientes que a aprendizagem deve ser contínua e, para isso, a mentalidade do profissional deve estar sempre aberta às mudanças e a sua curiosidade sempre aguçada.
Quando estamos a tratar de inovação, o mesmo princípio deve ser aplicado. Um profissional com a mente aberta às transformações consegue imaginar o novo, pensar no improvável sem medo ou censura prévia e, mais do que isso, ter a coragem de falar dos seus pensamentos e sonhos.
Eu vou um pouco mais longe ao afirmar que este colaborador é um criativo! Mesmo que algumas pessoas possam alegar que não têm criatividade, tenho certeza de que qualquer pessoa é criativa, basta ter a segurança de que as pessoas estão a ouvir com atenção e sem ridicularizar as suas ideias.
Podemos pensar nas crianças, elas desenham círculos e retas e dizem que é um elefante ou um balão, perguntam tudo que não sabem e, sem pudores, criam amigos imaginários, brincam com eles e divertem-se muito com tudo o que a sua imaginação proporciona.
Não existe divisão entre criativos e não criativos. Todos são criativos e precisam de expor as suas ideias. Lembro que o impossível não existe, o que existe é o improvável e este, para virar realidade, basta encontrar um processo de inovação em andamento.
Foi desta forma que Steve Jobs criou o iPod e revolucionou a maneira de ouvir música. Outro exemplo é a inovação criada pelos colaboradores da Air New Zealand, da Nova Zelândia.
Com a orientação da IDEO, uma das empresas mais inovadoras do mundo, as equipas da companhia aérea estavam a procurar formas de reinventar a experiência do cliente para os seus voos de longa distância. Sugestões como a colocação de redes, beliches, assentos à volta de uma mesa e tantas outras foram apresentadas até que surgiu o Skycouch.
A Air New Zealand apresenta o Skycouch como o primeiro assento da classe econômica do mundo que pode ser transformado num sofá e com esta inovação, tornou-se a única companhia aérea a oferecer este serviço e ganhou vários prémios do segmento aeronáutico.
Para finalizar, deixo uma frase do escritor inglês Willian Blake para reflexão: “O que agora está provado, uma vez foi apenas imaginado”.
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