Como lidar com o cansaço causado pela pandemia
Como lidar com a fadiga pandémica
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou o cansaço físico e mental causados pela pandemia com o nome de “fadiga pandémica”. É aquela sensação constante de estar exausto o dia todo.
A resposta “estou a correr” ou “estou a esgotar-me de tantas tarefas”, há muito tempo que são ouvidas nas conversas entre profissionais. No entanto, a pandemia causa um esgotamento gerado, principalmente, pela hipervigilância, seja pelo medo do vírus, das mudanças forçadas, do desemprego ou por muitos outros temores.
Por que ocorre a fadiga pandémica?
Como destacou a Organização Mundial de Saúde, a fadiga pandémica é provocada pela soma de experiências, emoções e perceções, por exemplo: o luto pela perda de pessoas queridas ou diante da possibilidade real de contágio.
Tudo isso gera uma excessiva vigilância da mente e do organismo e com isso, todo o sistema endócrino passa a atuar de forma ininterrupta. Este verdadeiro “tsunami” interno no nosso organismo, pode ter como consequência sentimentos de angústia e podem resultar em transtornos mais sérios como a ansiedade e depressão.
A OMS também alerta para os períodos de quarentena, que são caracterizados pela necessidade de isolamento social e privação da liberdade, o que aumenta a irritabilidade, as reclamações e o tédio, em boa parcela da população.
Os estudos académicos
Em Portugal, uma minuciosa investigação, denominada projeto PsiQuaren10 e levada a cabo por pesquisadores do ISPA - Instituto Universitário, entre os meses de novembro de 2020 e fevereiro de 2021, procurou entender em “que medida a interrupção dos projetos de vida e a preocupação com a incerteza e imprevisibilidade em relação ao futuro permitem predizer os níveis de fadiga pandémica numa amostra da população adulta portuguesa”.
Foram ouvidas 1854 pessoas, entre 18 e 75 anos, das regiões de Lisboa, Setúbal e Porto.
Os resultados apontaram que 82,2% dos inquiridos revelaram níveis de fadiga pandémica moderada ou elevada/severa, o que é considerado um índice alarmante para os profissionais que atuam na área de Saúde Mental.
Outros resultados obtidos pelo estudo mostram que uma boa parcela considerou cansativo o teletrabalho, a incerteza do isolamento social, com constantes mudanças de normas conforme o agravamento do contágio e muito exaustivas as notícias sobre a pandemia; para além disso, consideram que a soma de tudo isso tem um impacto negativo sobre si e ter pessoas próximas que testaram positivo, faleceram ou em que a doença foi grave, contribuem para aumentar ainda mais os níveis da fadiga pandémica.
A página do Facebook do Projeto PsiQuaren10 (destaque que foi fundado em março de 2020, no advento da pandemia por COVID-19) oferece consultas de Psicologia online e gratuitas à comunidade com o fim de atender a situações de crise relacionadas com o contexto pandémico, promovendo, assim, bem-estar psicossocial.
Como manter a saúde mental
É possível combater a fadiga pandémica aos primeiros sinais. Algumas práticas e cuidados diários auxiliam as pessoas a enfrentar esta situação e manter a saúde mental e física.
No ambiente empresarial, os gestores e líderes são os grandes protagonistas para evitar que as suas equipas cheguem aos seus limites. O líder, por conhecer as potencialidades dos colaboradores deve distribuir as tarefas e manter sempre um canal de comunicação aberto, de forma a que todos entendam as suas atribuições.
Conheça algumas práticas para garantir o seu bem-estar:
Atividades físicas – O filósofo romano Juvenal, nascido por volta do ano 55, deixou a sua célebre frase “mente sã e corpo são”, que há muito tempo nos orienta para o autocuidado físico e a importância de criar rotinas de exercícios físicos e adotar uma alimentação saudável.
Pausa mental – Os especialistas criaram o termo doomscrolling, fusão das palavras doom (apocalipse) e scrolling (rolagem de tela), para designar o hábito de consumir notícias negativas. Para evitar essa situação é importante ter momentos sem conexão, sem smartphones, tablets ou computadores, o que não significa negar os fatos atuais, mas sim, dar descanso à mente, procurando o bem-estar.
Atividades prazerosas – Criar formas de “desligar” do mundo e entrar num estado de satisfação por realizar uma atividade escolhida, como um hobby, um passatempo, por exemplo: pintar quadros, fazer artesanato, aprender um instrumento musical, leituras leves, entre tantas outras atividades possíveis. Deve ter percebido que nenhuma das alternativas envolve aparelhos conectados à Internet ou outro tipo de rede informática.
É importante saber que não existe uma solução única para todos os sintomas da fadiga pandémica, mas é possível encontrar as estratégias que atendam às preferências e necessidades pessoais e tornem a vida mais positiva e proporcione maior bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou o cansaço físico e mental causados pela pandemia com o nome de “fadiga pandémica”. É aquela sensação constante de estar exausto o dia todo.
A resposta “estou a correr” ou “estou a esgotar-me de tantas tarefas”, há muito tempo que são ouvidas nas conversas entre profissionais. No entanto, a pandemia causa um esgotamento gerado, principalmente, pela hipervigilância, seja pelo medo do vírus, das mudanças forçadas, do desemprego ou por muitos outros temores.
Por que ocorre a fadiga pandémica?
Como destacou a Organização Mundial de Saúde, a fadiga pandémica é provocada pela soma de experiências, emoções e perceções, por exemplo: o luto pela perda de pessoas queridas ou diante da possibilidade real de contágio.
Tudo isso gera uma excessiva vigilância da mente e do organismo e com isso, todo o sistema endócrino passa a atuar de forma ininterrupta. Este verdadeiro “tsunami” interno no nosso organismo, pode ter como consequência sentimentos de angústia e podem resultar em transtornos mais sérios como a ansiedade e depressão.
A OMS também alerta para os períodos de quarentena, que são caracterizados pela necessidade de isolamento social e privação da liberdade, o que aumenta a irritabilidade, as reclamações e o tédio, em boa parcela da população.
Os estudos académicos
Em Portugal, uma minuciosa investigação, denominada projeto PsiQuaren10 e levada a cabo por pesquisadores do ISPA - Instituto Universitário, entre os meses de novembro de 2020 e fevereiro de 2021, procurou entender em “que medida a interrupção dos projetos de vida e a preocupação com a incerteza e imprevisibilidade em relação ao futuro permitem predizer os níveis de fadiga pandémica numa amostra da população adulta portuguesa”.
Foram ouvidas 1854 pessoas, entre 18 e 75 anos, das regiões de Lisboa, Setúbal e Porto.
Os resultados apontaram que 82,2% dos inquiridos revelaram níveis de fadiga pandémica moderada ou elevada/severa, o que é considerado um índice alarmante para os profissionais que atuam na área de Saúde Mental.
Outros resultados obtidos pelo estudo mostram que uma boa parcela considerou cansativo o teletrabalho, a incerteza do isolamento social, com constantes mudanças de normas conforme o agravamento do contágio e muito exaustivas as notícias sobre a pandemia; para além disso, consideram que a soma de tudo isso tem um impacto negativo sobre si e ter pessoas próximas que testaram positivo, faleceram ou em que a doença foi grave, contribuem para aumentar ainda mais os níveis da fadiga pandémica.
A página do Facebook do Projeto PsiQuaren10 (destaque que foi fundado em março de 2020, no advento da pandemia por COVID-19) oferece consultas de Psicologia online e gratuitas à comunidade com o fim de atender a situações de crise relacionadas com o contexto pandémico, promovendo, assim, bem-estar psicossocial.
Como manter a saúde mental
É possível combater a fadiga pandémica aos primeiros sinais. Algumas práticas e cuidados diários auxiliam as pessoas a enfrentar esta situação e manter a saúde mental e física.
No ambiente empresarial, os gestores e líderes são os grandes protagonistas para evitar que as suas equipas cheguem aos seus limites. O líder, por conhecer as potencialidades dos colaboradores deve distribuir as tarefas e manter sempre um canal de comunicação aberto, de forma a que todos entendam as suas atribuições.
Conheça algumas práticas para garantir o seu bem-estar:
Atividades físicas – O filósofo romano Juvenal, nascido por volta do ano 55, deixou a sua célebre frase “mente sã e corpo são”, que há muito tempo nos orienta para o autocuidado físico e a importância de criar rotinas de exercícios físicos e adotar uma alimentação saudável.
Pausa mental – Os especialistas criaram o termo doomscrolling, fusão das palavras doom (apocalipse) e scrolling (rolagem de tela), para designar o hábito de consumir notícias negativas. Para evitar essa situação é importante ter momentos sem conexão, sem smartphones, tablets ou computadores, o que não significa negar os fatos atuais, mas sim, dar descanso à mente, procurando o bem-estar.
Atividades prazerosas – Criar formas de “desligar” do mundo e entrar num estado de satisfação por realizar uma atividade escolhida, como um hobby, um passatempo, por exemplo: pintar quadros, fazer artesanato, aprender um instrumento musical, leituras leves, entre tantas outras atividades possíveis. Deve ter percebido que nenhuma das alternativas envolve aparelhos conectados à Internet ou outro tipo de rede informática.
É importante saber que não existe uma solução única para todos os sintomas da fadiga pandémica, mas é possível encontrar as estratégias que atendam às preferências e necessidades pessoais e tornem a vida mais positiva e proporcione maior bem-estar.