Em Roma, sê romano
A autenticidade é um valor que prezo muito e que faz parte do meu ADN como empresária e Executive Coach. Considero, aliás, que qualquer processo de mudança requer uma autenticidade muito grande, para mudar a forma de pensar e olhar para as coisas ou, como se costuma dizer, sair da zona de conforto.
Uma das perguntas que costumo fazer numa fase inicial de um processo de Executive Coaching é: o que é que quer alcançar? Esta é uma pergunta simples mas com um grande poder transformativo. A resposta é esta pergunta nem sempre é fácil de encontrar, porque de certa forma é um convite à autenticidade para consigo mesmo.
Por outras palavras:
- Está a viver uma vida pessoal e profissional que sente como autêntica e alinhada pelo que é realmente importante para si?
- Está alinhado pelos seus valores, missão e visão pessoais?
-Sente-se realizado a nível pessoal e profissional?
Tenho verificado ao longo da minha carreira como Executive Coaching que esta autodescoberta da autenticidade é um dos principais fatores que contribui para melhores resultados, e uma vida mais gratificante e feliz, quer a nível pessoal ou profissional.
Permita-me agora que reflita consigo na seguinte questão: o que significa ser uma pessoa autêntica?
Existe a crença que autenticidade significa ser e dizer aquilo que se pensa, mas será esta uma estratégia inteligente e que nos traz bons resultados?
Reflita comigo no seguinte. Imagine que é uma pessoa que gosta de se vestir de uma forma desportiva e casual, o que é perfeitamente natural e faz parte do seu estilo pessoal. Se hoje tivesse de ir visitar um potencial cliente num ambiente formal, iria fazê-lo vestido de fato de treino e sapatilhas?
Fala para uma pessoa adulta da mesma forma que fala para uma criança de 5 anos?
Vai a uma entrevista de emprego com a mesma postura que vai para um encontro informal com os seus melhores amigos? Claro que não.
Sendo assim, em que ficamos?
Que sentido faz falar da autenticidade se afinal de contas temos de “adaptar” a mesma de acordo com as situações?
Pense por exemplo no caso concreto da liderança. Se o líder tiver um estilo comportamental muito Dominador (de acordo com o perfil do DISC), pela lógica para ser “autêntico” deveria apresentar esse aspeto de dominância em todas as situações. No entanto, o gestor pode comprometer o seu papel enquanto líder porque não é capaz de ajustar o seu estilo de liderança às caraterísticas comportamentais e ambiente cultural dos seus colaboradores.
É esperado que os líderes sejam duros e fortes, mas noutros casos será muito mais produtivo adotar uma liderança empática e participativa. Cabe pois ao líder calibrar o seu estilo de liderança em função do que é mais eficaz para o momento. Em Roma, sê romano.
Isso significa que deve ser menos autêntico em função de um resultado final? Não necessariamente, pode ajustar e adaptar o seu comportamento nas mais diversas situações sem que para isso tenha de comprometer os seus valores pessoais, profissionais e aquilo que é importante para si.
Ser-se autêntico também não deve ser uma “desculpa” para se dizer e fazer tudo aquilo que se quer, principalmente quando isso não agrega qualquer valor, a si e aos outros. Ser-se “verdadeiro” ou “genuíno” com alguém não apresenta grandes vantagens se o resultado final é gerar conflito ou, por outro lado, se o seu interlocutor não souber lidar com essa situação. Como já falei em artigos anteriores, pode sempre optar por comunicar de uma forma construtiva.
Por outro lado, adaptar o seu comportamento não significa que está a ser “falso” e a comprometer a sua autenticidade. Significa que é capaz de se colocar no “lugar” do outro para chegar a um entendimento, um resultado, uma situação “ganha-ganha”.
Voltando ao caso concreto da gestão, tenha presente que os seus colaboradores, clientes ou parceiros podem ter valores, vivências ou mesmo serem de países ou culturas diferentes da sua. Por exemplo, se na sua opinião uma comunicação autêntica deve ser efusiva e com maior contato físico, noutras culturas uma atitude mais reservada é melhor aceite e faz parte da conduta social.
Por isso, não abdique da sua autenticidade, mas também não deixe que a mesma funcione como uma barreira para a construção de relações pessoais e profissionais valiosas e gratificantes. Em Roma, sê romano.
Uma das perguntas que costumo fazer numa fase inicial de um processo de Executive Coaching é: o que é que quer alcançar? Esta é uma pergunta simples mas com um grande poder transformativo. A resposta é esta pergunta nem sempre é fácil de encontrar, porque de certa forma é um convite à autenticidade para consigo mesmo.
Por outras palavras:
- Está a viver uma vida pessoal e profissional que sente como autêntica e alinhada pelo que é realmente importante para si?
- Está alinhado pelos seus valores, missão e visão pessoais?
-Sente-se realizado a nível pessoal e profissional?
Tenho verificado ao longo da minha carreira como Executive Coaching que esta autodescoberta da autenticidade é um dos principais fatores que contribui para melhores resultados, e uma vida mais gratificante e feliz, quer a nível pessoal ou profissional.
Permita-me agora que reflita consigo na seguinte questão: o que significa ser uma pessoa autêntica?
Existe a crença que autenticidade significa ser e dizer aquilo que se pensa, mas será esta uma estratégia inteligente e que nos traz bons resultados?
Reflita comigo no seguinte. Imagine que é uma pessoa que gosta de se vestir de uma forma desportiva e casual, o que é perfeitamente natural e faz parte do seu estilo pessoal. Se hoje tivesse de ir visitar um potencial cliente num ambiente formal, iria fazê-lo vestido de fato de treino e sapatilhas?
Fala para uma pessoa adulta da mesma forma que fala para uma criança de 5 anos?
Vai a uma entrevista de emprego com a mesma postura que vai para um encontro informal com os seus melhores amigos? Claro que não.
Sendo assim, em que ficamos?
Que sentido faz falar da autenticidade se afinal de contas temos de “adaptar” a mesma de acordo com as situações?
Pense por exemplo no caso concreto da liderança. Se o líder tiver um estilo comportamental muito Dominador (de acordo com o perfil do DISC), pela lógica para ser “autêntico” deveria apresentar esse aspeto de dominância em todas as situações. No entanto, o gestor pode comprometer o seu papel enquanto líder porque não é capaz de ajustar o seu estilo de liderança às caraterísticas comportamentais e ambiente cultural dos seus colaboradores.
É esperado que os líderes sejam duros e fortes, mas noutros casos será muito mais produtivo adotar uma liderança empática e participativa. Cabe pois ao líder calibrar o seu estilo de liderança em função do que é mais eficaz para o momento. Em Roma, sê romano.
Isso significa que deve ser menos autêntico em função de um resultado final? Não necessariamente, pode ajustar e adaptar o seu comportamento nas mais diversas situações sem que para isso tenha de comprometer os seus valores pessoais, profissionais e aquilo que é importante para si.
Ser-se autêntico também não deve ser uma “desculpa” para se dizer e fazer tudo aquilo que se quer, principalmente quando isso não agrega qualquer valor, a si e aos outros. Ser-se “verdadeiro” ou “genuíno” com alguém não apresenta grandes vantagens se o resultado final é gerar conflito ou, por outro lado, se o seu interlocutor não souber lidar com essa situação. Como já falei em artigos anteriores, pode sempre optar por comunicar de uma forma construtiva.
Por outro lado, adaptar o seu comportamento não significa que está a ser “falso” e a comprometer a sua autenticidade. Significa que é capaz de se colocar no “lugar” do outro para chegar a um entendimento, um resultado, uma situação “ganha-ganha”.
Voltando ao caso concreto da gestão, tenha presente que os seus colaboradores, clientes ou parceiros podem ter valores, vivências ou mesmo serem de países ou culturas diferentes da sua. Por exemplo, se na sua opinião uma comunicação autêntica deve ser efusiva e com maior contato físico, noutras culturas uma atitude mais reservada é melhor aceite e faz parte da conduta social.
Por isso, não abdique da sua autenticidade, mas também não deixe que a mesma funcione como uma barreira para a construção de relações pessoais e profissionais valiosas e gratificantes. Em Roma, sê romano.